O cachorro vira-lata que buscou uma clínica veterinária para receber atendimento em Juazeiro do Norte, no Cariri, está em bom estado de saúde, segundo a médica veterinária Dayse Silva. O animal, que estava ferido e mancando, foi sozinho à unidade no sábado (6), conforme imagens de câmeras de segurança do estabelecimento.
A médica, após atendimentos iniciais, constatou que o animal possuía um ferimento causado por uma unha encravada e um tumor venéreo transmissível, comum em animais de rua. Em razão de o tumor ser cancerígeno, o cão receberá tratamento quimioterápico por 30 dias.
"Ele está muito bem. Animado, esperto, bem diferente de quando chegou aqui. Já não tem nenhum sangramento e não dá sinais de que esteja sentindo dores. Reagiu bem à primeira sessão da quimioterapia e vamos avaliar a cada novo procedimento para saber quantas ele vai precisar fazer", diz a profissional, explicando que, geralmente, o procedimento é feito entre quatro a sete sessões. "Mas analisaremos dia a dia", pontua.
Ainda sem nome, o cão aparece alegre e balançando a cauda em vídeo gravado nesta terça-feira (9). "Esse aqui é o rapaz que chegou na clínica pedindo ajuda e como vocês veem ele está muito bem, muito animado se recuperando da primeira sessão de quimioterapia", comenta a veterinária. O animal passa a noite na casa da profissional e é levado para a clínica, onde recebe os devidos cuidados, durante o dia.
Repercussão do caso
Em pouco mais de 24 horas, várias pessoas se prontificaram a adotar o animal. Os pretendentes — que são inclusive de outros estados — apareceram presencialmente, por meio de ligações telefônicas e nas redes sociais.
"Teve um senhor de Brasília que se mostrou bastante interessado em adotar o cachorro. Ele disse que mandaria buscar o cão aqui em Juazeiro do Norte, mas a gente precisa que o pretendente venha pessoalmente para poder fazermos a entrevista e avaliarmos todas as condições", ressaltou a médica.
A clínica em que o animal realiza tratamento abriu uma campanha virtual para arrecadar recursos a serem usados na compra de medicamentos e no custeio das despesas da internação. A meta, de R$ 4 mil, já tinha sido batida na noite desta terça. O valor excedente será revertido na compra de ração para Organizações Não Governamentaos (ONGs) que atendem animais abandonados na região.