Dois meses após interdição determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Aeroporto Regional de Iguatu, Tomé da Frota, na região Centro-Sul do Ceará, foi liberado para operação de voos – decolagem e aterrisagem, na manhã deste sábado (9). A informação foi repassada pelo 9º Distrito Operacional da Superintendência de Obras Públicas (SOP).
No último dia 5 de agosto, a Anac interditou o aeroporto de Iguatu por falha no sistema de segurança - falta de rondas de vigilância, deficiência no Sistema de Proteção da Área Operacional (SPAO), incapaz de prevenir a entrada de animais, de pessoas e de veículos.
A medida adotada pela Anac era em caráter cautelar de interdição temporária até que obras e serviços fossem realizados. Nesse período, as operações de voos ficaram suspensas, “exceto no caso de emergência médica ou de transporte de valores, mas mediante prévia coordenação com o operador do aeródromo”, informou o órgão.
“Corrigimos todos os problemas e o aeroporto foi liberado nesta manhã, inclusive já houve pouso e decolagem de uma aeronave”, informou o gerente regional do 9º Distrito Operacional da SOP, Weber Teixeira.
De acordo com o 9º Distrito Operacional, a pista de 1.400 metros de comprimento foi recapeada, houve melhoria no isolamento do aeroporto, com ampliação, reforço e instalação de uma cerca nova para evitar entrada de animais (cachorro), de bicicletas e de pedestres.
Por coincidência, no início de agosto passado, no momento da inspeção, fiscais da Anac observaram a presença de cachorros na pista. “Infelizmente, era comum, e são muitos animais”, disse o piloto de aeronave, Kellysson Bernardo de Sousa Marques, que há 12 anos faz voos em Iguatu. “O risco de acidente era grande”.
Kellysson Marques disse esperar melhoria no sistema de vigilância e a continuidade dos serviços de monitoramento para “segurança dos voos e evitar uma nova interdição, que acarreta prejuízo e transtorno para os donos de aeronaves e pilotos”.
O Aeroporto de Iguatu é utilizado por empresários locais para voos de negócios. “Concordamos com a interdição porque obrigou o Governo do Estado a realizar as obras necessárias, melhorando as condições do aeroporto”, pontuou o empresário Paulo Holanda.
Durante a interdição, a aeronave do empresário José de Sá Vilarouca ficou baseada em Juazeiro do Norte, uma vez que após decolar a medida de interdição feita pela Anac foi adotada e não pode retornar no dia seguinte. “Tivemos que ficar baseado em Juazeiro do Norte, mas a partir de hoje já começamos operar normalmente”, lembrou o empresário.
O avião do empresário José Alves de Oliveira (Zenir), da rede de lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que tem sede em Iguatu, ficou no hangar local, sem operação.