Uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE) em conjunto com a Polícia Civil, deflagrada nesta quinta-feira (6), afastou o prefeito de Itapiúna, Dário Coelho (MDB), e outros membros do governo por 90 dias. Além deles, estão na mira do órgão, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e da Promotoria de Justiça de Itapiúna, nove sócios de cooperativas de serviços que mantinham contratos com a Prefeitura.
Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas sedes do Executivo e das cooperativas, assim como nas residências dos investigados em Baturité, Capistrano, Fortaleza e Itapiúna. Os agentes da Operação “Pedra Negra” encontraram armas sem registro do Ministério da Justiça, computadores, documentos e telefones durante as diligências. Esse material vai subsidiar as investigações.
A suspeita é de que os alvos sejam responsáveis por atos de improbidade administrativa, com prejuízos aos cofres do Município, devido a supostas irregularidades na contratação de mão de obra pela Prefeitura por meio de cooperativas. O MP suspeita que as licitações para tal foram fraudadas com autorização do prefeito e outros membros da administração municipal.
O órgão ainda apura se os serviços estão em execução efetiva e com fiscalização adequada por parte da gestão. Após pedido do MPCE, a Justiça determinou a suspensão dos contratos com possíveis irregularidades.
O prefeito Dario Coelho não foi localizado pela reportagem. O Diário do Nordeste buscou o vice-prefeito Joaquim Filho para entender como será o rito de posse. O espaço está aberto para manifestações de ambos os gestores.