O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou oficialmente, nesta quinta-feira (22), o senador eleito Camilo Santana (PT) como ministro da Educação. A indicação do cearense era especulada há algumas semanas. Além dele, também eram cotados para a função da governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), e o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).
A decisão de nomear o cearense para a pasta foi tomada na última segunda-feira (19), durante encontro entre o presidente e o senador eleito. Também participaram do encontro a governadora Izolda Cela, o governador eleito Elmano de Freitas, o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes da bancada parlamentar do PT.
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A indicação do ex-governador do Ceará foi uma forma de neutralizar uma ofensiva feita pela bancada federal do PT em prol da nomeação do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG). À época, o nome mais cotado era o de Izolda Cela, contudo, houve resistência por ela não ser um quadro filiado do PT.
Conforme informou o colunista de política Inácio Aguiar, a ex-pedetista ainda deverá ter um papel estratégico no Ministério. Ela deve assumir a Secretaria Nacional de Educação Básica.
Ministro Camilo Santana
Logo após ser anunciado, Camilo Santana indicou as áreas e ações que serão prioridade no Ministério. O cearense citou que o foco será na educação básica para reduzir os danos provocados pela pandemia, principalmente na evasão escolar.
Ele ambém usou as redes sociais para agrader a indicação. "Com muito diálogo, quero estar de mãos dadas com estados e municípios, num grande pacto nacional pela educação, para recuperarmos o tempo perdido, sobretudo na educação básica", disse.
Novos ministros
Além de Camilo Santana, Lula indicou ainda novos ministros nesta sexta-feira. Veja lista completa:
- Alexandre Padilha (Relações Institucionais) - Deputado federal;
- Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) - Deputado federal;
- Jorge Rodrigo Araújo Messias (Advocacia-Geral da União) - Procurador e ex-assessor da ex-presidente Dilma Rousseff (PT);
- Nísia Trindade (Saúde) - presidente da Fiocruz;
- Camilo Santana (Educação) - senador eleito e ex-governador do Ceará
- Esther Dweck (Gestão) - Economista e professora universitária;
- Márcio França (Portos e Aeroportos) - Ex-governador de São Paulo;
- Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) - Vice-governadora de Pernambuco;
- Aparecida Gonçalves (Mulher) - ex-secretária nacional do enfrentamento à violência contra mulher nos governos de Lula e Dilma;
- Wellington Dias (Desenvolvimento Social) - Ex-governador do Piauí;
- Margareth Menezes (Cultura) - cantora, compositora e atriz;
- Luiz Marinho (Trabalho) - Ex-ministro do Trabalho e Emprego e da Previdência Social no Governo Lula.
- Anielle Franco (Igualdade Racial) - ativista brasileira e diretora do Instituto Marielle Franco;
- Silvio Almeida (Direitos Humanos) - advogado e professor universitário, especialista na questão racial;
- Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) - vice-presidente da República;
- Vinícius Marques de Carvalho (CGU) - Ex-presidente do Cade e ex- secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça no governo Dilma.
Ao longo deste mês, o presidente já havia anunciado outros nomes. Veja quem já foi anunciado:
- Fernando Haddad (Fazenda) – Ex-prefeito de São Paulo;
- Rui Costa (Casa Civil) – Governador da Bahia, eleito em 2014 e reeleito em 2018;
- Flávio Dino (Justiça) – Ex-governador do Maranhão e senador eleito neste ano;
- José Múcio Monteiro (Defesa) – Ex-deputado federal e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU);
- Mauro Vieira (Relações Exteriores) – diplomata com mais de 40 anos de carreira na área, foi chanceler no governo de Dilma Rousseff, de 2015 a 2016;
- Margareth Menezes (Cultura) – Cantora, compositora e atriz brasileira;
- Luiz Marinho (Trabalho) – Ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex-presidente do sindicato dos metalúrgicos da região do ABC. Ele também já esteve à frente da pasta entre 2005 e 2007.