Com tornozeleira eletrônica, Anderson Torres é solto após quatro meses

Alexandre de Moraes determinou a soltura de Anderson nesta quinta-feira (11)

O ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres, saiu da prisão na noite desta quinta-feira (11), após Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a soltura dele. O político estava preso há quatro meses por possível omissão nos atos antidemocráticos em Brasília de 8 de janeiro. As informações são do g1.

prisão do ex-secretário foi decretada por Alexandre de Moraes em 10 de janeiro, quando também foi ordenada uma busca e apreensão na residência dele.

A operação encontrou em um dos armários do imóvel uma minuta de decreto para constituir estado de defesa e mudar o resultado das eleições de 2022, o que é inconstitucional.

Medidas cautelares

Apesar de sair da prisão, deve cumprir algumas medidas cautelares, como:

  • Uso de tornozeleira eletrônica;
  • Proibição de deixar o Distrito Federal e de sair de casa à noite e nos fins de semana;
  • Afastamento temporário do cargo de delegado de Polícia Federal;
  • Comparecimento semanal na Justiça;
  • Entrega do passaporte à Justiça e cancelamentos de todos os passaportes já emitidos para Torres;
  • Suspensão de porte de armas de fogo, inclusive funcionais;
  • Proibição de uso de redes sociais;
  • Proibição de comunicação com os demais investigados no caso.

Caso descumpra qualquer uma das medidas impostas, Torres deverá retornar a prisão. A decisão de Moraes ainda informa não haver mais motivos para manter o Torres preso preventivamente, uma vez que já houve cumprimento da sua finalidade, segundo o ministro. 

Prisão de Anderson Torres

Anderson Torres era secretário da Segurança Pública do DF em 8 de janeiro, dia em que aconteceram as invasões terroristas em Brasília, com depredações do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF. 

O gestor passava férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade em que estava o ex-presidente Jair Bolsonaro desde antes do fim do mandato.

Torres foi exonerado por Ibaneis, após ser cogitado a possibilidade de o ex-ministro ter sido conivente com os ataques golpistas, devido às falhas na segurança dos prédios públicos.