Vereadores bolsonaristas articulam motociata com presença de Bolsonaro em Fortaleza

O presidente já reconheceu a possibilidade de realizar o evento que gera aglomerações e polêmicas na Capital

Vereadores bolsonaristas de Fortaleza estão tentando articular uma "motociata" com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Capital cearense. Outros eventos do tipo têm causado aglomerações quando foram realizados em cidades como o Rio de Janeiro.

O Chefe do Executivo, inclusive, já chegou a reconhecer a possibilidade de realizar o evento no Ceará. Na última terça-feira (8), o vereador Carmelo Neto (Republicanos), defensor do presidente na Câmara Municipal, esteve em Brasília e gravou um vídeo ao lado de Bolsonaro.  

Segundo o parlamentar, o encontro foi de cortesia. “Para agradecer tudo que ele fez pelo Ceará”, disse. Entre as ações, Carmelo listou a entrega do Anel Viário e a inauguração da Transposição do Rio São Francisco, obra iniciada em 2007 e inaugurada no ano passado. 

Ao fim do vídeo, Bolsonaro diz que após o evento em São Paulo, marcado para sábado (12), é possível pensar em realizar a motociata no Ceará.  

O primeiro desfile junto a apoiadores motociclistas foi promovido por Bolsonaro há cerca de um mês, no dia 9 de maio, em Brasília.

A segunda versão do evento ocorreu no Rio de Janeiro, uma semana depois, novamente causando aglomerações e registrando muitas pessoas sem máscaras, inclusive o próprio presidente.

Na capital carioca, o percurso foi de cerca de 60 quilômetros, e provocou a interdição temporárias de avenidas importantes que ligam ao Centro da cidade.

Em Fortaleza, a base de apoio de Bolsonaro se movimenta para formalizar o convite. De acordo com o vereador Inspetor Alberto (Pros), outras capitais já enviaram ofícios ao Planalto pedindo a realização do ato. 

Carmelo Neto confirma que é possível que essa solicitação seja feita em conjunto, pela base de apoio.  

Polêmicas 

As motociatas promovidas pelo presidente geram polêmicas. Em Brasília, por exemplo, o ato gerou aglomerações ao fim do desfile, em frente ao Planalto, e cumprimentou apoiadores sem usar máscaras.   

No Rio de Janeiro, Bolsonaro dividiu o palanque com o ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde). A presenta do general da ativa no ato abriu uma crise militar, que culminou na absolvição de Pazuello perante ao Exército.  

Pelo regimento, militares da ativa não podem participar de atos políticos. O general, no entanto, justificou não se tratar de um evento de cunho político, já que Bolsonaro, atualmente, não está filiado a um partido.