A dois dias da eleição da nova Mesa Diretora do Senado, prevista para 1º de fevereiro, senadores cearenses divergem sobre a votação ser aberta ou secreta. Nesta terça (29), o senador Tasso Jereissati (PSDB) anunciou que o seu partido decidiu, "em nome da transparência", que a bancada votará em aberto. O senador eleito Luis Eduardo Girão (PROS) também defende o voto aberto. Já o senador eleito Cid Gomes (PDT) se diz contra.
No início deste mês, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou através de liminar que a votação para a eleição do próximo presidente do Congresso seja feita de forma secreta, como está previsto no Regimento Interno do Senado.
Ele derrubou o entendimento que havia sido dado anteriormente pelo ministro Marco Aurélio, no último dia 12 de dezembro, de que essa regra é inconstitucional. Marco Aurélio ordenou que a votação deveria ser aberta para todos os cargos da Mesa Diretora.
Bancada cearense
O senador Tasso Jereissati (PSDB) disse, nesta terça-feira (29), no entanto, que, "em qualquer circunstância", ele e os parlamentares do PSDB votarão em aberto na disputa.
O PSDB decidiu através da unanimidade da sua bancada, em nome da transparência que a opinião publica brasileira, o povo brasileiro exige nos dias de hoje, votar em aberto, declarar o seu voto e torcer e lutar para que a votação seja em aberto
O senador eleito Luis Eduardo Girão (PROS) gravou um vídeo, na semana passada, declarando que votará de forma aberta, caso não haja mudanças no Regimento do Senado até o dia da eleição.
Vou lutar até a última hora para que o voto seja aberto. Acredito que isso é importantíssimo nesse momento do Brasil, que haja transparência e o momento pede exatamente isso. Se não conseguirmos isso junto aos colegas, junto ao Regimento, eu, particularmente, vou declarar o meu voto
Na contramão dos colegas de bancada, o senador eleito Cid Gomes (PDT), disse, em entrevista recente ao Sistema Verdes Mares, que essa discussão sobre votação aberta ou fechada é uma "polêmica inútil".
Isso é polêmica inútil. A turma dos 'camisas negras', como acontecia na Alemanha nos anos 1920, quer ganhar as coisas na marra