O governador Camilo Santana (PT) participa, na manhã desta segunda-feira (8), de reunião de chefes de executivos estaduais com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na pauta, está a discussão de estratégias de enfrentamento à segunda onda da pandemia de Covid-19 no País, com foco na necessidade de garantir maior agilidade à imunização da população.
Camilo, de acordo com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, participa remotamente da reunião, que começou por volta das 11h. Outros governadores, como o do Piauí, Wellington Dias (PT), estão no Rio de Janeiro para a agenda com o ministro. Dias é o coordenador do tema vacinas no Fórum Nacional de Governadores.
A reunião acontece um dia após a sinalização de um "pacto nacional" de governadores, que articulam o anúncio conjunto de medidas restritivas para tentar frear a disseminação da Covid-19 no País. Ao menos 22 dos 27 gestores estaduais concordaram em divulgar ações até o próximo dia 14 de março.
O pedido de uma ação nacional chegou a ser feito para o Ministério da Saúde, mas o presidente Jair Bolsonaro não tem sido favorável a medidas mais duras no combate à pandemia.
Redução de circulação
A ideia é a de que sejam incluídas no pacto algumas iniciativas básicas, que sirvam para todos, e que, a partir disso, cada estado tome outras decisões de acordo com a necessidade local.
O principalmente objetivo é o de comunicar a população de que o momento é crítico e pede que a circulação seja reduzida imediatamente, sendo a forma de diminuir a ocupação nos hospitais.
No domingo (7), Wellington Dias, porta-voz do grupo, disse que alguns pontos que podem entrar no acordo nacional são a proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir de um determinado horário e o impedimento de eventos com aglomeração.
Previsão de mais vacinas
A vacina de Oxford/AstraZeneca passou nos testes de estabilidade e consistência e a Fiocruz deve anunciar nesta segunda o início de sua produção em larga escala.
Com isso, devem ser entregues 3,8 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde até o fim de março - a previsão inicial era de 15 milhões, mas um problema no equipamento que lacra os frascos do imunizante diminuiu inicialmente o volume.
Pelo novo calendário, um total de 30 milhões de doses deve ser disponibilizado até abril, e 100 milhões de doses até meados do ano. Elas serão usadas no Programa Nacional de Imunização, coordenado pelo Governo Federal.