Teria sido uma trapaça do futebol, se o Fortaleza tivesse saído do primeiro tempo sem vencer o Grêmio.
O escorregão do Cristaldo na cobrança da penalidade para o Grêmio foi um acontecimento a favor da justiça feita a quem jogou mais.
Reservas? Coisa nenhuma! O Fortaleza engoliu o Grêmio, com uma fome de bola incrível.
O tricolor de Vojvoda não se espantou com a bola que Suárez, cobrando falta, bateu no travessão de Fernando Miguel.
Jogou um futebol esplendoroso. O seu meio-campo tornou terreno improdutivo a meia-cancha do Grêmio.
Pedro Augusto, Sasha e Crispim, com troca de passes rápidos e envolventes.
Pikachu, fechando pelo meio, foi a figura central das principais jogadas de ataque.
Ao ter a maior posse de bola e mais volume de jogo, o Fortaleza tornou o Grêmio um time lento e sem reação.
Um gol de pênalti, através de Galhardo, e duas bolas no alvo não reproduziram a superioridade do Fortaleza no jogo.
Na segunda fase, o tricolor voltou com a mesma disposição e ensaiou dar campo ao Grêmio para surpreendê-lo no contra-golpe.
Aí, residiu o maior problema do Leão. Os contra-ataques se ofereceram e não foram aproveitados.
Antes de Suárez empatar, enfiando a bola entre as as pernas de Fernando Miguel, Galhardo perdeu, bisonhamente, a chance de marcar o segundo gol. E não foi apenas nessa finalização que ele falhou.
O que passa entre as pernas do goleiro não é a bola. É a tragédia.
Na segunda fase, o jogo ferveu e o Grêmio mostrou suas garras. Principalmente, quando acionado o “Luizito” Suárez.
Nas alterações, não achamos correto tirar do jogo Pikachu e Crispim. Os dois continuavam jogando uma bela partida.
Fato é que o Fortaleza desperdiçou a oportunidade de obter grande vitória, com a formação suplente.
No balanço geral da partida, jogou mais que o Grêmio.
Pikachu, de um futebol enorme, foi o destaque do jogo.