Segundo um certo Drumond, "a vida é uma lenta e melancólica procissão rumo ao grande mistério".
Isto posto, diríamos que a história de nossas vidas não pode ser contada antes do tempo.
"Deixa o tempo passar, deixa o tempo correr..." Era o que sugeria uma musiquinha do tempo da Jovem Guarda.
Só que, com a marcha deletéria do tempo, adquirimos a mania de ficar fazendo um balanço da vida.
Uma espécie de "prestação de contas" da existência.
Fazemos isso pontuando erros e acertos. No nosso caso, asseguro, sem procurar "culpados".
Tudo que fizemos foi trabalhar duro e assumir responsabilidades que quase nos tiram o couro das costas.
Reconhecemos ter feito coisas das quais nos arrependemos. Entanto, fomos incapazes de fazer coisas que nos tenham envergonhado.
Erros doem pra cacete, mas os acertos nos empurram pra frente.
Já que o espaço da croniqueta se foi, devo dizer o seguinte: ser um comentarista da vida é luxo demais para minhas pobres conjecturas.