O preço do sucesso

Confira a coluna desta segunda-feira (25)

O futebol é, hoje, uma atividade capitalista.

O clube, antes uma entidade associativa, virou uma rica indústria de entretenimento.

Os investimentos se tornaram estratosféricos. O negócio passou a se nutrir, mais do que antes, de resultados vitoriosos.

Para funcionar, tem que dar certo dentro das quatro linhas. Não há espaços para  o fracasso.

O Fortaleza fez crescer sua importância no cenário nacional e se tornou uma companhia de caros componentes.

O fastio de futebol que a equipe dirigida por Vojvoda demonstra não se coaduna com os altos custos para manter o negócio funcionando bem.

Quando o resultado é incompatível com o tamanho dos gastos no time, ocorrem preocupações que podem se transformar em desespero.

O Fortaleza não está em zona de desespero, mas precisa tomar cuidado com furos considerados, ainda, pequenos.

"Os pequenos furos afundam os grandes navios"

Algumas razões para a queda de produção da equipe podem ser claras. Outras, não.

Por isso, o diagnóstico necessita mais do que o papo simplista  de "falta de raça" ou "falta de sangue". 

Marcelo Paiva, CEO do leão, figura de posições sempre equilibradas, preferiu abraçar uma teoria da conspiração na base do "tudo e todos estão contra o Fortaleza".

Declaração que não bateu bem com com o seu estilo tranquilo.

O tricolor do Picí já atravessou períodos parecidos com o atual e deles emergiu.

É só lançar mão da competência, responsável pelo tamanho que o clube tem hoje.