O palavrão tem dicionário. Não existe eufemismo que o substitua.
Digo muito palavrão durante o dia, quando expresso uma raiva ou admiração.
Acredito que o PQP seja o mais recorrente. Pelo menos, no meu caso.
Nos causos que conto no rádio e TV, retirar o palavrão deles significa mutilar a história.
Nelson Rodrigues, o "anjo pornográfico", afirmava: "O palavrão alivia o homem de atos brutais".
Se bem, que há palavrão usado para ofender que dói mais do que uma bofetada.
Utilizado para aliviar a dor de uma topada é um santo remédio.
Já certos palavrões servem para elogiar: "Elis Regina era uma puta cantora!". Leminsky é um poeta foda!"
O falso moralista ainda ruboriza diante do palavrão.
Mas, para obter o seu efeito auditivo desejado, o palavrão precisa ser usado com parcimônia.
Usado, sem excesso, não vai afrontar.
Ao desafiar a moral, o palavrão levanta o moral.
Viva o palavrão!