Houve um tempo, não muito distante, em que enxergávamos o mais grave problema do futebol cearense, representado pelas suas locomotivas Fortaleza e Ceará.
Faltava consciência de grandeza. Isso mesmo.
“Para quem possui estádios e um ávido público consumidor, permanecer numa posição secundária é uma clara falta de visão e ousadia”, repetimos isso _ad nauseum_.
Quem primeiro despertou para o fato foi o Ceará. O alvinegro chegou a exibir modelar estrutura de organização, como não se via.
Infelizmente, os últimos anos para o Ceará foram marcados por um retrocesso dessa conquista.
Com o Fortaleza, ocorreu o contrário. Em todos os aspectos, o tricolor tem exibido saúde de leão premiado.
Fui convencido de que a proposta do Fortaleza nunca foi de “fazer o possível”. Pelo contrário, a estrutura se destina a dar certo.
O pacto é com as vitórias, morder nos calcanhares das grandes forças, competir com elas em pé de igualdade.
É isso que o Leão tem feito, de maneira admirável e corajosa.
Depois de dobrar o Cruzeiro, apesar de sérios desfalques, o Fortaleza até briga pela primeira posição.
Não estou falando em conquista de título. Calma, nessa hora.
O torcedor tricolor, tomado por justa euforia, vocifera: “O Fortaleza não perde mais”.