Na boca do estômago

Confira a coluna deste sábado (20) do comentarista Wilton Bezerra

Fico em dúvida se ainda existe o País que sabe celebrar os seus valores.

As habilidades políticas para enganar continuam valendo mais que a verdade.

A média móvel do cinismo está sempre em alta.

As regras do jogo que estão valendo são péssimas e não tem VAR que resista.

É comum se converter ao inimigo por interesses meramente pessoais.

E não adianta fechar os olhos.

Ora bolas. Ao se fechar os olhos, o mundo não desaparece.

A gente sente quando algo vai dar errado.

Dói na boca do estômago.

Se passa da imoralidade para amoralidade, sem estágio intermediário.

Não se deve subestimar a força da estupidez.

E você precisa fazer alguma coisa, mas fica com a roda presa.

Não é possível viver aflito de forma permanente.

Fazer o quê?

Buscar a simpatia do carrasco para sofrer menos?

Só sei dizer o seguinte: é preciso enxergar a injustiça, antes que ela aconteça.

Antes mesmo que a coisa esquente mais do que as bolas do satanás.