Maracanã surpreendeu

Confira a coluna deste domingo (21) do comentarista Wilton Bezerra

Não precisam me dizer que um time de futebol não é resultado, apenas, do esforço de 11 marmanjos defendendo uma camisa.

Precisa de entrosamento e de um bocado de outras coisas 

O Ceará foi a campo, diante do Maracanã, com um time quase todo mudado.

Ainda assim, o empate de 1 x 1 não estava na agenda alvinegra.

Para um estádio quase vazio, Ceará e Maracanã fizeram um primeiro igualmente vazio de tudo. 

Ausência total de ações ofensivas reais, de lado a lado. Os goleiros assistiram o jogo.

O Maracanã já foi a campo com predisposição para uma forma mais retrancada de jogar.

O Ceará, com mais volume de jogo e posse de bola, abriu dois extremas e um centroavante.

Finalizou, fora do alvo, com Matheus Bahia. 

O Maracanã, praticamente, não chegou à área do Ceará.

Guilherme finalizou, fraquinho, a única bola no gol de Fernando Miguel.

Na segunda fase, a temperatura aumentou, quando Vinícius Canindé pegou, de primeira, uma bolada resvalada no zagueiro do Ceará, e abriu a contagem.

Quatro minutos depois, o Mateus do Maracanã perdeu a chance de marcar o segundo.

Além da entrada de Pio, o homem do "chute medonho", o time de Júnior Cearense demonstrou uma atitude mais corajosa no jogo.

O Ceará afobou-se, fez alterações no atacado e partiu para um jogo de pressão, mais do que técnico.

O empate só veio aos 38 minutos, com Aylon, quando o Maracanã estava assustado, com o fato de estar ganhando a partida. Ficou nas cordas.

Com todas as justificativas aceitáveis para o resultado ruim do Ceará, deve-se reconhecer que a primeira impressão do novo alvinegro não foi boa.

O Maracanã fez bem a sua parte e não tem nada com isso.

O inglês Oscar Wilde foi quem afirmou: "Só os tolos não se deixam levar pela primeira impressão".