A crônica pede assuntos mais leves. Entanto, por mais que fujamos dos temas insalubres, eles nos alcançam.
Há no nosso País coisas que chamam a atenção pelos contrastes.
Impossível aceitar que, com a maior bacia de água doce do Mundo, no rio Amazonas, parte da nossa população beba até água misturada com urina.
Leio sobre muitos lugares em que, por falta de saneamento, grandes populações consomem água de córregos imundos.
E não é por falta do precioso líquido, que temos em abundância.
Possuimos praia de água doce que tem até ondas que lhe fazem parecer com o mar.
Em Casa Nova, à beira do Rio São Francisco, a 634 km de Salvador, tem uma praia formada ao redor do lago de Sobradinho, após sua construção em 1973.
Enquanto isso, em grande parte do País, sofremos com o declínio da saúde da água potável.
O homem como titular de sua própria desgraça.
As mineradoras poluem os rios, a mata não encobre o crime e as providências são insuficientes.
Surgem as novas doenças e as velhas enfermidades se renovam.
"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve". Victor Hugo.