Iconoclastia

Confira a coluna desta quinta-feira (27) do comentarista Wilton Bezerra

Com os campeonatos virando provas de resistência, jogar futebol não é atividade para os fracos.

Jogar bem e bonito tem prazos de validade cada vez mais reduzidos.

O Fluminense, de Fernando Diniz, e o Palmeiras, de Abel Ferreira, são exemplos disso.

O Botafogo impõe uma alta rotação de jogo e tem sustentado a onda de forma admirável.

Mas, as apostas do seu declínio já estão sendo feitas pelos "especialistas" do fracasso.

Considerado "fogo de palha", a princípio, o time da estrela solitária continua firme na liderança isolada do Brasileirão.

Quando clamamos por grandes times jogando um futebol de alto nível, existe uma corrente que se diverte mais com a decadência.

São desejos iconoclastas de derrubar o líder, o grande time, a boa escola de futebol.

É impressionante a necessidade de assistir a destruição de quem se tornou forte.

Como se isso fosse a essência do futebol.

Depois de constatada uma queda, a necessidade de internalizar outra. Segue a insatisfação.

Isso não é torcer futebol. É outra coisa.