Que o público de Fortaleza e São Paulo, superior a 40 mil pagantes, mereceu um jogo de melhor qualidade é fato.
Que a torcida do leão tem merecido a campanha da equipe no brasileiro é, também, fato inquestionável.
O gol marcado logo no início da partida, através de Kayser, cobrando penalti, destrambelhou o São Paulo.
Só que o Fortaleza não tirou proveito disso. A equipe de Zubeldia deixou espaços entre suas linhas e a defesa bobeou, várias vezes.
O Fortaleza, de novo, teve o desperdício como entrave em várias manobras de ataque que poderiam terminar melhor.
João Ricardo só teve que fazer uma difícil defesa no primeiro tempo.
O problema é que, em termos de criatividade, os dois times ofereceram um rendimento precário.
No Fortaleza, pela disposição de defender e atacar, a melhor presença foi de Hércules. Britez, como sempre, seguro. No São Paulo, ninguém.
A segunda fase da partida reservou ao torcedor um jogo de qualidade ainda pior.
Incrível como as alterações no atacado não melhoraram nada nas equipes.
Absurda a saída de Hércules no Fortaleza. Foi a melhor figura da partida.
As duas bolas no travessão (uma para cada equipe) aconteceram por milagre.
Para completar, um gol de Moisés, mal anulado, sob a alegativa da arbitragem de que o atacante ajeitou a bola com o braço.
Não há dúvida de que o futebol arrastado dos times tem tudo a ver com a exaustão dos jogadores. Os sinais são visíveis.
O Fortaleza manteve a quarta posição, com a mesma pontuação do milionário time do Palmeiras, terceiro colocado.
Isso é que é luxo.