Desencanto

Leia a coluna de Wilton Bezerra

A torcida do Ceará não está em paz com o time. A cada resultado frustrante, baixa um sentimento de desencanto.

Normal, se lembrarmos que o  futebol foi inventado para fazer o homem feliz.

Descendo uma prateleira no cenário nacional, o alvinegro tenta retornar ao seu lugar, formando elenco que não oferece um bom dicionário de recursos técnicos.

A tarefa não tem sido fácil. Afinal, no Brasil, tem muita gente jogando bola, o que é diferente de jogar futebol.

As opções são poucas, caras e não garantem boa qualidade. 

O Ceará já tem, de sobra, jogadores que não foram muito amigos da bola na infância.

Penso, com a minhas frágeis teorias: é preciso fazer mais com pouco. Criar um "plano de sobrevivência". 

Vamos combinar que não existe esquema de jogo de segunda mão, quando do time se extrai pouco.

Um exemplo. No jogo contra o Ituano, o placar favorável de 1 x 0 valia ouro. O Ceará teria que se adequar a isso. Construir muralhas defensivas, disputar no tapa e "furar a bola". Imperdoável levar o gol de empate. 

O time não consegue sustentar domínio de jogo. A bola se apresenta áspera, difícil de ser domada

Não vejo treinador mais indicado para trabalhar com equipe de estatura técnica e individual limitada do que o Guto Ferreira.

Venho sustentando que o problema do Ceará não se resume ao treinador.

Vem à minha mente uma "Tática de Guerrilha", com taboada esquemática para cada tipo de adversário. Não precisa ser bonito, basta ser eficiente. Ok?

Ora, até um time com amontoado de craques dá chutão quando necessário.

Não sei se me fiz entender. O meu esforço não foi pequeno.