Clube de futebol é instituição social. Trabalha com paixão e circulação de afetos.
Antes, não funcionava como empresa, nem com o fito de dar lucro. Hoje, a coisa mudou.
O torcedor pode dizer que o clube é seu, certo? Mas, precisa reconhecer, também, que há imperiosa necessidade de uma administração segura, transparente e empresarial.
Com olhos no futuro e consciente de que a boa estrutura atual pode, daqui a pouco, tornar-se insuficiente dentro dos movimentos sem interrupção do futebol, a direção tricolor antecipa-se diante dos fatos.
Virou SAF (Sociedade Anônima do Futebol), através de votação, porque há interessados em fazer investimentos no clube.
Mesmo reconhecendo ser esse o modelo mais moderno, dirigentes do tricolor engendraram uma SAF mitigada, sem abrir mão do controle do clube.
Não é novidade afirmar que o Fortaleza recebeu propostas de compra do controle por parte de grupos empresariais. Para que isso se concretize, será necessária uma outra votação dos sócios.
Até para repetir os atuais resultados no futuro o Fortaleza precisará de dinheiro. Mas, há o entendimento de que, mesmo virando SAF, não se pode querer grana a todo custo.
O objetivo é, como afirma o presidente Marcelo Paz, a longo prazo, vender uma participação minoritária na empresa, para aumentar o investimento no futebol.
"Não há nada como um pé após o outro". Mário Quintana.