Objeto de intermináveis discussões, principalmente depois da utilização do VAR, a lei do impedimento foi fundamental para mudanças na organização do jogo de futebol.
Antes dela, tínhamos jogadores correndo ou parados, sem posições definidas.
Não havia necessidade de saber jogar bem. Bastava ficar parado e encostado em uma das balisas, esperar a bola e fazer o gol.
Não havia o que se denominava de "off-side"(o impedimento de participar do lance).
Em 1896, os estudiosos da hora resolveram o seguinte: "um jogador para receber a bola em posição legal, deveria ter pela frente três adversários".
Essa medida revolucionou, principalmente, a organização tática do futebol.
Um goleiro, dois zagueiros, três volantes e cinco atacantes. O 2-3-5. Se quiserem, a "pirâmide".
Com o passar do tempo, chegou-se à conclusão de que esse sistema impedia a evolução do jogo.
De acordo com a lei, dois zagueiros paravam todo um ataque.
Se para estar em posição legal, o atacante necessitava de três adversários pela frente, bastava um dos zagueiros, na hora do lançamento, se adiantar para invalidar o ataque.
Para se livrar dessa artimanha, o ataque formava em linha, porque a lei dizia, também, que se o atacante estivesse atrás da linha da bola não estava impedido.
Foi por isso que os atacantes passaram a ser chamados de "linha".
Aí, em nome de um futebol mais interessante, modificaram a lei novamente: está impedido todo jogador que, do meio- campo para a frente, não tenha pela frente pelo menos dois adversários".
Surgiu, então, a necessidade de mais um zagueiro. Dois eram insuficientes. Precisavam, agora, saber jogar. Não bastava apenas adiantar-se para pilhar os atacantes em impedimento.
Com o surgimento, em 1925 , do sistema WM, do inglês Herbert Chapman, que revolucionou o futebol com melhor distribuição dos jogadores no campo de jogo, a lei do impedimento deixou de influir nas formas táticas.
Seguiram-se 4-2-4, 4-3-3, 4-4-2, 3-5-2 e outros, com o jogo sendo disputado em todas as partes da cancha.