A fase ruim do Ceará

Confira a coluna desta terça-feira (29) do comentarista Wilton Bezerra

O Ceará não precisa de piedade, nem pedidos de demolição.

Não é de escombros que estamos tratando. Nada vai acabar para começar de novo.

Precisa, sim, de uma gestão que, mesmo imatura, trace um rumo a seguir dentro de uma crise.

Que readquira a consciência de grandeza, às vezes, esquecida, que o alvinegro exige.

As reações violentas de alguns torcedores mais enraivecidos e, por isso mesmo, repulsivas, devem ser rechaçadas.

O Mundo não se acaba se o alvinegro não retornar à primeira divisão este ano.

Os alicerces de um clube de mais de 100 anos suportam firme os solavancos que as fases ruins produzem.

Nada impede o inicio, já agora, de um trabalho consciente de rearrumação do elenco, visando a próxima temporada.

Torna-se um imperativo o maior zelo com as receitas do clube.

Pôr fim na aquisição de jogadores, cujo futebol jogado fica longe do valor investido.

Diga-se: o Ceará tem sido acometido de uma cegueira absurda nesse quesito.

Se falta inspiração na busca de um método, procure-se um atalho.

O verdadeiramente grande é reconhecido nas dificuldades.