Em estratégia pré-eleitoral, Ciro aposta na 'traição' de Bolsonaro

Tentando pela quarta vez ser presidente, o cearense adota novas estratégias

Tentando ganhar a confiança do eleitor que votou em Jair Bolsonaro em 2018, o pré-candidato ao Palácio do Planalto, o cearense Ciro Gomes, tem investido, nas redes sociais, em uma nova estratégia para o ano que vem.

"Bolsonaro traiu quem acreditou em suas promessas. Traiu a religião porque defende a morte no lugar da vida e prega o ódio no lugar do amor. Traiu as forças armadas. Traiu a democracia. Traiu o nosso País. Bolsonaro só não traiu a família dele e a si próprio!", diz uma das mensagens publicadas no Twitter do ex-ministro.

Além de críticas ao PT, como forma de captar o antipetismo, o ex-governador do Ceará, que deve tentar a presidência pela quarta vez, quer atrair o eleitorado que porventura tenha se decepcionado com a gestão do presidente Bolsonaro. 

Para impulsionar a comunicação, o PDT fez, recentemente, uma aquisição de "peso" para a publicidade da campanha.

Em abril deste ano, Ciro anunciou o publicitário João Santana como o homem da comunicação da candidatura. Santana tem larga experiência em campanhas presidenciais, tendo êxito quando trabalhou nas campanhas do PT, e já começou a dar sinais do que vem pela frente.

Biden brasileiro

Na busca pelo caminho do centro, Ciro Gomes também quer passar a imagem de que pode ser o "Biden brasileiro". Uma figura que finalmente consiga se desvencilhar da polarização vivida nas últimas campanhas presidenciais no Brasil.

Se vai funcionar, só o tempo dirá.