O título do Ceará na Copa do Nordeste é um dos mais importantes da história do clube. Em um ano de reconstrução, de retomada, levantar a taça do Nordeste de 2023 era tudo que o clube precisava para tornar mais natural o caminho rumo à Série A do Brasileiro.
Claro que os dois jogos finais da Copa do Nordeste atrapalharam o foco e o planejamento para as três primeiras rodadas da Série B, com duas derrotas (Ituano e Guarani), que ocasionaram a demissão de Morínigo, e o clube reagiu ao vencer o ABC no domingo fora de casa e conquistou o tri do Nordeste nesta quarta-feira.
Se atuação não foi das melhores na Ilha do Retiro pouco importa após a conquista da taça. Ser tri do Nordeste é gigante, e o jogo de ida no Castelão saiu barato para o Sport, quando um 3x0 não seria exagero e até mais justo. Assim, carregando a vitória por 'apenas' 2 a 1, o Ceará não conseguiu jogar no 1º tempo, tomou um gol que poderiam ter sido 3, mas segurou na etapa final e venceu nas penalidades.
Agora é Série B
Uma final tem um contexto psicológico diferente do que o Ceará terá na Série B, em 35 rodadas em pontos corridos. Portanto, o cenário hostil na Ilha do Retiro não deve se repetir, nem a atuação abaixo nos 90 minutos.
Está claro que o técnico Eduardo Barroca precisará corrigir situações defensivas, posicionamentos na bola área, mas trabalhar com um título dará muito mais tranquilidade.
A caminhada será tortuosa, a Série B é competitiva, mas o Ceará tem time e elenco para buscar o acesso nas 35 rodadas restantes. Reforços como Erick Pulga e Nicolas podem agregar muito ofensivamente e o técnico Eduardo Barroca terá tempo para dar sua cara ao Ceará e um padrão almejado pela diretoria ao ser contrato.