A missão coral diante do Grêmio fora de casa pela Copa do Brasil era muito difícil. Fazer jogo único com o forte time gaúcho na casa dele era tarefa ingrata, mas o time de Kobayashi não se intimidou, fazendo um jogo digno, com falhas naturais, mas também qualidades.
E estas qualidades podem ser o combustível para sonhar em passar pelo Fortaleza na semifinal do Estadual no domingo e chegar na decisão.
O time coral apostou na marcação forte e pressão alta na saída de bola gremista, buscando encaixar um contra-ataque fatal.
Como a jogada demorou a sair, os corais foram pressionados pelo Grêmio, que trocou passes em velocidade, entre as linhas defensivas do Ferrão, e criou chances, com Douglas Dias defendendo tentativas de Vina e Pepê.
O goleiro coral ainda pegou um pênalti de Luis Suárez, até que a chance tão esperada coral surgiu, em jogada de Erick Pulga em velocidade, tirou do goleiro, a bola ia chegar em Deysinho, mas Bruno Alves evitou o gol.
Era a chance que o Ferroviário queria, executando um plano de jogo possível. O time ainda sofreu o gol aos 45 minutos com o zagueiro Bruno Alves.
Ferroviario melhora, mas toma dois
O Ferrão voltou mais solto para o 2º tempo e jogou de igual para igual com o Grêmio. Tocando melhor a bola, e com Ciel distribuindo o jogo, o Ferrão teve a chance de empatar com Negueba, mas foi o time gaúcho que ampliou com Suárez, após erro de Lincoln.
Depois do gol, o Tubarão da Barra continuou jogando, indo para ao ataque e Ciel deixou Erick Pulga na cara do gol duas vezes, mas ele mandou para fora. Ciel também iniciou a jogada que Felipe Guedes achou Deysinho, mas ele perdeu o gol.
Foram lances de qualidade de um Ferroviário perigoso, mais solto, mas que lá atrás permitiu mais oportunidades ao Grêmio, que fez o 3º com Ferreira.
Como será no Clássico?
Em tese, o cenário do jogo será parecido. O empate em 1 a 1 na ida - quando o Ferrão jogou melhor - forçará o Fortaleza a tomar a iniciativa do jogo. Um novo empate levaria a decisão para os pênaltis, cenário que o Tricolor de Aço sem dúvida quer evitar, por te um goleiro especialista do outro lado: Douglas Dias.
Se o Tubarão da Barra repetir a estratégia de esperar para sair nos contra-golpes, pode ser letal com Pulga e Ciel inspirados.
O sistema defensivo coral ainda comete algumas falhas, salvas pelo goleiraço Douglas Dias, mas se corrigir isso e mantiver a transição rápida no ataque, pode surpreender.
O Fortaleza é favorito, tem um elenco de mais qualidade, mas vem pressionado ao ser eliminado da Libertadores. O jogo mental do Ferroviário também pode ser determinante, jogando a pressão para o Leão e atuando mais solto.