Pênalti marcado contra o Jorge Wilstermann. Logo busquei na telinha onde estava o Vina. Teria ele a coragem de bater? Aqui com os meus botões, pensei: não vai. Não foi. Nem devia. Missão para o colombiano Mendoza. Bateu e fez. Vina livrou-se de um risco desnecessário. Quando a fase para o atacante está ruim, a trave diminui e o goleiro cresce. A impressão para o batedor é de que os braços do goleiro alcançam as duas traves, à moda desenho animado de Walt Disney. Vina ficou quieto. Usou a razão. Estaria ali a fácil oportunidade de um reencontro com o gol ou a oportunidade para ingressar de vez na desconfiança? Faca de dois gumes.
Ele tinha perdido uma boa chance no primeiro tempo, mas estava jogando bem. Mantinha uma postura equilibrada, consciente de seu papel. Não iria de forma louca buscar o gol. Se este tivesse de vir, viria pelos naturais caminhos de uma produção melhor ou pela qualidade técnica que o faz diferente. De repente, abre-se um corredor à sua frente. Mendoza nem precisou telegrafar. O serviço saiu na medida. Vina driblou o goleiro e chutou convicto. Bola na rede. Tirou uma tonelada das costas. Vina quase Vina. Quase no ponto. Questão de tempo.
Disputa
Clebão ou Vizeu? Ainda não dá para dizer quem garantirá a camisa titular. Vizeu vem crescendo. Acho até que se estabelecerá. Mas será preciso um pouco mais de tempo. Melhor para Guto Ferreira porque terá boas opções. Mas não imaginem que Clebão já perdeu a posição. Vai haver ainda muita disputa sadia pela vaga de titular.
Resposta imediata
Mendoza precisou de pouco tempo para mostrar serviço. Dele, passes e gols. E um trabalho voluntário que contribui sobremaneira para o êxito coletivo. Costumo dizer que o jogador se escala. Assim foi com o colombiano. Chegou e logo fez a diferença. Com Lima e Vina, ele forma um trio indispensável.
Jogo aéreo
Uma das armas do Fortaleza tem sido os gols, de cabeça, que Bruno Melo assinala. Aliás, o Leão tem explorado pouco esse expediente. Em conclusões assim, poucos alas têm aproveitamento tão bom quanto Bruno Melo. Seria interessante a tentativa de amiudar esse tipo de participação dele no chamado jogo aéreo.
Batedores
Decisão por pênalti tem muito de sorte, mas também muito de competência. Goleiro pegador de pênalti é meio caminho andado. Felipe Alves é pegador. Sim, e os batedores? Um treinamento especial pode fazer a diferença, desde que na arbitragem não estejam Vinícius Gonçalves Dias Araújo e Miguel Caetano Ribeiro da Costa, os dois incompetentes que prejudicaram o Ferroviário.