Vaias da impaciência por falta de gols

Ceará empata com o Cruzeiro. Jogo ficou no 0 x 0. Mais uma vez, a mesma ladainha: o Vovô criou as situações de gol, mas não conseguiu seu objetivo. Os dois primeiros melhores momentos foram do visitante, com Pedro Rocha desperdiçando seguidas oportunidades de gol. Após uma resposta de Galhardo, o Cruzeiro ameaçou novamente com Ederson, que obrigou Diogo Silva a fazer grande defesa. Aí Galhardo também obrigou o goleiro Fábio a fazer milagre.

De certo modo, tivemos um equilíbrio na fase inicial, com alternâncias de controle e de chances perdidas. Na fase final, a inquietação à espera do gol salvador. Inquietação para os dois lados. Galhardo manda bola no travessão. Mateus Gonçalves também desperdiça ótima oportunidade. Uma sequência interminável de situações de gol que o Ceará criou, mas todas elas esbarrando numa espécie de blindagem invisível. Para quem acredita em forças do além, até parece está bloqueado por aves de mau agouro, postadas na frente da defesa de todos os adversários. Os críticos chamam de incompetência as finalizações goradas. Sim, pode ser. Mas há muito também de azares inexplicáveis em situações assim.

Comemoração

O Athletico-PR é só festa. O campeão da Copa do Brasil apresenta-se hoje em casa, pela primeira vez, após a conquista do título. Na Série A, se ganhar do Fortaleza, chegará aos 30 pontos. Aí terá na mira o G-4. É claro que o Athletico estará favorecido pelas diversas circunstâncias, mas isso não assegura vitória.

Apreensão

No lado do Fortaleza, nada de festa. O clima é de pressão, cobrança de toda ordem. A sequência de insucessos gerou apreensão com a aproximação da zona de rebaixamento, fantasma que atormenta os clubes situados na faixa dos 22 pontos ganhos. É o caso do Leão.

Pensar positivo

No lugar de pensar nos desfalques, melhor será olhar o aspecto positivo do retorno de Juninho e Felipe Pires. No gol, Marcelo Boeck não fica nada a dever ao titular Felipe Alves. É de menos, no meu modo de entender, o goleiro saber ou não sair jogando com os pés. Às vezes, isso é até um risco a mais. Sou das antigas. Prefiro que o goleiro atenha-se à sua função de defender bolas.

O húngaro, daniel Zsori, marcou o gol mais bonito do ano, eleito e confirmado na festa dos melhores da Fifa. No próximo prêmio, quero crer que o gol de bicicleta, marcado por Arrascaeta na vitória do Flamengo sobre o Ceará, e o gol olímpico de Leandro Carvalho, do Ceará, no empate com o Corinthians em Itaquera, terão amplas possibilidades de ganhar o prêmio Puskas.

Puskas foi um húngaro que ganhou notabilidade em 1950 e 1960. Formou numa das mais brilhantes seleções de todos os tempos: a da Hungria, campeã olímpica em 1952 e vice-campeã mundial na Copa de 1954. Ferenc Puskás Biró brilhou também no Real Madrid e na Seleção da Espanha. O bonito estádio de Budapeste tem seu nome. Justa homenagem.