Tenho escutado previsões sobre o retorno dos campeonatos. A expectativa transformou-se numa ansiedade tão descontrolada, quanto desnecessária. Por que tanta avidez? Calma, gente. Vem. Chega. Não é a minha vontade. Não é a sua vontade. Tudo dependerá dos estudos elaborados por especialistas que cuidam dos detalhes sobre os avanços e recuos da contaminação pela Covid-19. Todos os brasileiros estão sujeitos às decisões superiores das autoridades sanitárias nestes tempos emergenciais. Há que se respeitar também as situações de cada estado, de cada município. Há bem pouco tempo, as desgraças estavam todas apontadas para a cidade de Fortaleza. Hoje são algumas cidades do interior. Preocupação maior com Sobral, Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Brejo Santo e Tianguá. Portanto, de tempos em tempos, os cenários mudam de acordo com o comportamento das populações dos lugares. Se descumpridoras das normas de segurança, vem o risco de restrição total. Se cumpridoras, maiores as chances de abertura. Tudo na vida tem seu tempo. Não adianta precipitação. Pior aqui já esteve.
Bíblico
Em Eclesiastes (3:1-10) se lê que "para tudo há ocasião certa; tempo certo para cada propósito debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar".
Bíblico II
"Tempo de espalhar pedras e tempo de juntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter, tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar". Oportuna leitura para tão grave momento vivido pela humanidade.
Tempo
Então, qual o tempo que todos nós estamos vivendo? Numa rápida passagem logo se vê: tempo de chorar, tempo de prantear, tempo de se conter, tempo de guardar, tempo de costurar, tempo de falar. Portanto, em cada região, em cada país, em cada continente, uma situação diferente. Não há, pois, como comparar.
Pílulas
Não é porque tal país retomou o futebol que logo os demais sejam levados a retomar também. Além disso já há muitas dúvidas entre os que voltaram às atividades. Portanto, mais sensato é não assumir riscos desnecessários.
É claro que os cofres estão se esvaziando. Isso preocupa. Sim, mas um retorno precipitado vai encher os cofres ou expô-los à falência definitiva? Sigo esperando. Chateado por uma prisão domiciliar sem crime. Na Covid-19 até quem sabe não faz a hora.