Mudança de treinador gera sempre muita expectativa. Entre os jogadores, então, certamente indagações sobre se melhores ou piores serão as suas oportunidades. Está aí de volta ao Ceará o técnico Enderson Moreira. A meu juízo, houve grave precipitação na época em que o Ceará o demitiu. O time estava começando a ganhar o perfil que Enderson queria. Em campo, já se notava a evolução. Quando de uma colheita fora de tempo, os resultados insatisfatórios confundiram os dirigentes. Se tivessem tido um pouco mais de paciência, a maturação do trabalho de Enderson teria acontecido normalmente.
Em pouco tempo, a automação chegaria. Agora é pensar no futuro. O reforçado elenco do Ceará está à disposição dele. Até agora, um emaranhado que não conseguiu se encontrar em nenhum momento. Confuso na proposta, lerdo na percepção e desarrumado na execução. Por isso, Argel Fucks perdeu o cargo. A herança está nas mãos de Enderson que tem agora a segunda chance de comandar o clube. Reconciliação, após divergências não devidamente explicadas. Ficara como um caso mal resolvido.
No Fortaleza
No ano passado, Rogério Ceni havia deixado o Fortaleza. Fora conduzido pelos encantos de um time que lhe daria a chance de maior projeção nacional: o Cruzeiro de Minas Gerais. Lá chegando, deparou-se com o fogo de um inferno cujas labaredas envolviam dirigentes, jogadores e torcida. Nada deu certo. Ceni veio reconciliar-se com Fortaleza. Resolvido.
Continuidade
Rogério Ceni não teve muito trabalho no retorno, porque pequeno foi o hiato que o separou do clube. Rápido, retomou o comando e saiu ganhando tudo o que disputava. O conhecimento do elenco, que ele tinha e tem na mão, facilitou a retomada. Entre a inda e a vinda, uma espécie de um período de férias de curta duração.
Diferente
A retomada de Enderson Moreira talvez demore mais um pouco porque maior foi o tempo que ele passou distante do clube. Além disso, o elenco mudou muito. Com Ceni, o elenco do Leão era basicamente o mesmo. De qualquer forma, o objetivo de Enderson é o mesmo: refazer e concluir o que há algum tempo abruptamente lhe foi tirado.
O atacante Wandson, do Atlético, fez bela apresentação na vitória sobre o Ferroviário. Além dos dois gols que assinalou, teve participação coletiva muito importante. Ficou patente a sua competência pela velocidade e precisão, máxime quando do segundo gol. A defesa coral não conseguiu detê-lo.
A arbitragem continua sendo o ponto mais polêmico do futebol. Agora mesmo, os erros cometidos na vitória do Atlético sobre o Ferroviário causaram enorme prejuízo ao Ferrão contra o qual dois pênaltis inexistentes foram marcados. E assim será com War ou sem War. Arbitrar é um negócio complicado.