O significado da importante vitória alvinegra

Confira a coluna desta segunda-feira (22) do comentarista Tom Barros

O Ceará ganhou do até então invicto Criciúma. E ganhou no Estádio Heriberto Hülse. Foi perfeito? Não. Mas foi bravo. O Vozão vem lutando contra seus fantasmas. Sofreu um susto no aquecimento ao perder o goleiro Richard e o zagueiro Pagnussat. Mas o gol de Nicolas, logo aos dois minutos, espantou os temores. O Ceará assumiu as ações. Quando o Criciúma equilibrou, teve também a seu favor um desses pênaltis que só têm cabimento no absurdo entendimento dos decrépitos da FIFA. Marquinhos empatou. Mas o Ceará seguiu bem no jogo e com objetivo de vitória. Assim, após rebote de goleiro Gustavo em chute de Maranhão, Erick fez Ceará 2 a 1. Na fase final, o Ceará recuou demais. Não aproveitou os amplos espaços oferecidos pelo Criciúma. Nesta parte, apenas Erick, o melhor do Ceará, fez duas conclusões perigosas. As entradas de Janderson e Guilherme Castilho não mudaram nada. E, no único lance em que Castilho teve a chance para mostrar serviço, perdeu o gol mais feito dos últimos tempos. Um horror. Se fosse o Clebão, o mundo viria abaixo. Mas foi o Castilho. Pelas circunstâncias, a vitória se reveste de grande significado. É a segunda consecutiva. Agora, mais confiante, o Vozão jogará em Londrina.    

Positivo  

É claro que sofrer duas derrotas seguidas preocupa. Mas é preciso examinar bem como as coisas aconteceram. No Allianz Parque, analisei aqui. Se o Palmeiras já contava a seu favor com um elenco altamente qualificado, houve sim a ajuda da arbitragem, que marcou um pênalti inexistente logo aos cinco minutos e facilitou a vida do anfitrião. Derrota justificada.    

Sem justificativa  

A derrota para o América-MG não tem justificativa. Errou o Fortaleza. Pecou o Fortaleza. E pagou caro por isso. O América estava na lanterna antes de enfrentar o Leão. Lamentavelmente, os times cearenses são useiros e vezeiros na aplicação de uma injeção de ânimo nas equipes que estão na lanterna ou na zona de rebaixamento. O América saiu da lanterna. 

Exposição 

Logo com 1m26 de jogo, o América pegou aberta a defesa tricolor e fez 1 a 0. Caberia ao Fortaleza, que tem melhor elenco, buscar a virada, mas sem descuidar da marcação. O Leão empatou, mas repetiu o mesmo erro: deixou a defesa exposta aos contra-ataques. Resultado: o América alcançou o que queria: virou com Felipe Azevedo (2 x 1). 

Leitura 

Vojvoda percebeu que o América era veloz nos contra-ataques, mas preferiu assumir os riscos. Deu-se mal. O América foi letal nas definições e ainda mandou uma bola na trave. No Fortaleza, quero destacar mais uma vez a atuação de Pochettino. Além do gol que marcou, foi muito bom na dinâmica de construção de jogadas.   

Repensar 

Ter a posse de bola não representa nada, se não for transformada em gols. O Fortaleza trabalhou no campo adversário. Tinha o ilusório controle do jogo, mas, na hora da verdade, incisivo foi o América. Objetivo na transição, o América fechou a vitória com um golaço de Felipe Azevedo. Vojvoda terá de repensar a marcação, quando resolver trabalhar todo no campo de ataque.