O Novorizontino foi perfeito do começo ao fim

Leia a coluna de Tom Barros

Seria um erro dizer que houve um apagão no Ceará. Tal afirmativa, tiraria o brilho da bela vitória do Novorizontino, dono do jogo. O visitante fez uma marcação impecável. Começou em cima, não permitindo qualquer articulação alvinegra. Geovane, Marlon, Ricardinho, Douglas, Ronaldo e Aylon forçavam os erros do Ceará, quando o Vozão tentava sair ao ataque. Isso perdurou durante todo o primeiro tempo. Daí veio a abertura do placar com Aylon, fato que facilitaria a tarefa do Novorizontino na segunda fase. Para se ter uma ideia, o Ceará não conseguiu sequer uma finalização perigosa no primeiro tempo.

Na fase final, praticamente o predomínio do visitante continuou, máxime após o segundo gol, marcado por Geovane, logo aos cinco minutos. Pronto. O Vozão sentiu o golpe. As entradas de Guilherme Castilho e Victor Gabriel não surtiram efeito. O terceiro gol, marcado por Léo Tocantins, foi apenas a confirmação da extrema superioridade do Novorizontino. Talvez o desgaste das viagens e dos jogos em Criciúma e Londrina tenha pesado ao Ceará, mas não justifica uma apresentação tão bisonha como a de ontem. Síntese: o Novorizontino fez o que bem quis. O Ceará sumiu. Restou a dura frustração.    

Vitória  

O Fortaleza voltou a vencer. A vitória tem significativo poder transformador. Levanta o astral. Dá confiança. É festa. Assim o Leão fez as pazes com o triunfo, após quatro jogos sem vencer. Ganhou posições e passou a confiar na meta de que mais uma vez alcançará uma vaga na Copa Libertadores. Tem condições de chegar lá, sim.  

Precisão  

Que atuação notável teve o lateral-esquerdo Bruno Pacheco na vitória sobre o Vasco. Apoiou na hora certa. Seus cruzamentos são muito bem calculados. Os dois serviços, que resultaram nos gols de Thiago Galhardo e Silvio Romero, foram perfeitos. Do pé esquerdo de Bruno às cabeças dos goleadores, a precisão milimétrica que tira de tempo os zagueiros adversários. Show, Bruno!  

Goleiro  

Ótima fase do goleiro do Vasco, Léo Jardim. Se não fosse ele, o Fortaleza teria se estabelecido ainda no primeiro tempo. Léo fez três defesas espetaculares. Mas não foi possível segurar o Leão. Vi belas atuações dele. Diante do Atlético, no Mineirão, foi notável. Se continuar atuando assim, chegará à Canarinho. Tem dupla nacionalidade: é brasileiro e italiano.  

Feio demais   

O uniforme usado pelo Vasco da Gama na derrota para o Fortaleza é feio demais. Profundo mau gosto tem quem o escolheu. Nada a ver com a história do clube. Uma verdadeira agressão às tradições vascaínas. Sem a lista transversal e sem a cruz de malta original, não há como aceitar o Vasco em campo. Além disso, exceto o goleiro Léo Jardim, o time vem quebrando a bola.  

Palmeiras  

O que deve fazer o Fortaleza no jogo de volta diante do Palmeiras pela Copa do Brasil, quarta-feira, no Castelão? Resposta simples: atuar normalmente. Nada de se desgastar feito um louco para tentar tirar a diferença sofrida no Allianz Parque (3 x 0). Deixa o jogo acontecer. É lutar com dignidade, mas sem desespero. Se der para devolver a diferença, ótimo. Se não der, já estava previsto.