O Ceará fez a festa na Ilha do Retiro, em Recife, a casa do Sport. O Vozão sagrou-se tricampeão do Nordeste. Mais um título alvinegro para constar nos anais da história. O saudoso comentarista Paulino Rocha costumava dizer que, após uma conquista assim, pouco importavam os erros cometidos em campo. A própria conquista cuidava de apagar os defeitos e senões. É verdade. A imagem do pódio, com o “cangaceiro” Luís Otávio erguendo a taça, apagou todos os pecados que os alvinegros praticaram na Ilha.
O goleiro Richard perdoado pelo grave erro na saída de uma bola. Danilo Barcelos perdoado pelos três erros graves, inclusive o que resultou no gol de Juba. E todos os demais também foram perdoados. Acima dos vacilos, a força final que neutralizou o Sport na hora de definir o rumo que a taça do Nordeste tomaria. Acima dos vacilos, a glória. Acima dos vacilos, a esperança de melhores dias. Por mais paradoxal que pareça, foi aí, nos pênaltis, que o Ceará mostrou frieza e competência.
Contrariando o fracasso de tantas decisões anteriores nas cobranças de pênalti, o Ceará ganhou porque desta vez manteve-se sereno e calculista. Agora é projetar o mais desejado processo de recuperação, ou seja, a volta para a Série A nacional. Mas isso será tema para um outro dia. O momento, torcida alvinegra, é para comemorar, cantar, soltar a plenos pulmões o grito da vitória, o grito de tricampeão. O Nordeste inteiro é alvinegro.