O doloroso declínio de grandes clubes

Leia a coluna desta quarta-feira

Não poderia silenciar diante do que está acontecendo com o Vasco da Gama, outrora um dos mais vitoriosos times do Brasil. Basta dizer que tem quatro títulos de campeão brasileiro: 1974, 1989, 1997 e 2000. Campeão da Copa Libertadores da América de 1998. Campeão da Copa do Brasil de 2011. Campeão carioca 24 vezes. Tempo em que estava sempre entre os primeiros. De certa época para cá, sofreu seguidos rebaixamentos, motivo de pilhéria por parte das torcidas adversárias. Agora mesmo, sofreu a humilhante goleada imposta pelo Flamengo (4 x 1). E não foi mais porque o maior rival reduziu o ritmo na fase final. Não é o Vasco que eu conheci. Não é o Gigante da Colina. 

Não é o Vasco de Hideraldo Luiz Bellini, Orlando e Vavá, campeões do mundo pela Seleção Brasileira de 1958. Não é o Vasco de Ademir Queixada, da década de 1950. Não é o Vasco de Roberto Dinamite, o maior ídolo da história do clube. O Vasco, que aí está, dá pena. Quando retornou à Série A nacional agora em 2023, passou a impressão inicial de que voltaria a ser gigante. Ganhou do Atlético dentro do Mineirão. Foi o sopro da ilusão. A cruel realidade mostra outra vez um Vasco desfigurado. Queira Deus consiga dar a volta por cima, mas está difícil. 

Camisa 

O Vasco anda tão perdido que seu alto comando permite o uso de um uniforme horroroso, não condizente com a camisa cruzmaltina tradicional. Aquele uniforme que o time do Vasco usou no Castelão na derrota para o Fortaleza é uma agressão aos olhos dos que respeitam a camisa com lista transversal. Até nisso o Vasco negligencia. 

Santa Cruz  

Quem não lembra das glórias do Santa Cruz, notável time do futebol pernambucano? Na época do famoso atacante Ramon, o Santa era quase imbatível. O Santa é dono do Estádio do Arruda, sexto maior estádio do Brasil, com capacidade para 60.044 torcedores. Em campo, porém, o Santa está em triste declínio. Atualmente disputa a Série D nacional.  

Os intocáveis 

Outro time que marcou época foi o Náutico, de Recife. Da Série A nacional, despencou para a Série C. Nem parece o famoso esquadrão que tinha no ataque Nado, Bita, Nino e Lala. Sempre apontado como um dos mais prestigiados times do Nordeste, hoje vive trafegando nas séries inferiores, nem lembrando os tempos de glória. 

Lanterna 

O Remo de Belém do Pará é outro time que também caiu muito. De tradicionais disputas no futebol do Norte e Nordeste do Brasil, o Remo hoje está na lanterna da Série C Nacional, com amplas possibilidades de cair para a Série D. Transmiti momentos de glórias do Remo no Estádio Baenão em Belém. Faz pena ver a decadência do Remo. 

Trajetória inversa 

Ainda bem que o Fortaleza fez uma trajetória no sentido contrário. Caiu para a Série C, onde passou vexame por oito anos. Quase desabou para a Série D, mas deu a volta por cima. Hoje o Leão ocupa lugar de destaque no cenário nacional. Além de estar na Série A, tem disputado a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana. Extraordinária ascensão.