No futebol o Ano 2020 não terminou

Folhinha caiu. O ano passou. Novas esperanças. Não quero acreditar que haverá tanta desgraça no mundo. Hora de recuperar, de recompor. Se utopia, não sei. Mas estão aí as vacinas. Bom, seja como for, a fé em dias melhores existe. Misericórdia divina. Mas os homens têm de fazer a sua parte. Mais solidariedade entre os povos. Mais respeito entre as nações. Menos ganância dos países ricos exploradores. Mais compreensão com as nações menores. O ano 2020 passou, mas não passou para o futebol. As disputas futebolísticas em 2021, ano que começa agora, ainda serão do ano passado, isso nos dois primeiros meses, janeiro e fevereiro. No futebol, 2020 teima em não terminar. Insiste em permanecer. Assim teremos de aturar competições atrasadas em razão do coronavírus. Os times campeões de 2020, nas diversas categorias chanceladas pela CBF, somente serão conhecidos no presente ano. E certamente ainda serão proclamados sem público nos estádios. A mistura de calendários é compreensível. Campeões diferentes. De um tempo diferente. Mas campeões, grandes campeões. Apenas sem a apoteose proporcionada pelas torcidas. Tudo porque no futebol o ano 2020 não terminou. 

Aconteceu 

A mistura de anos já aconteceu algumas vezes no futebol brasileiro. Mistura ou invasão de um ano para outro. No futebol cearense houve caso assim. O Gentilândia, por exemplo, foi campeão cearense de 1956, mas só em março de 1957 foi proclamado campeão. 

Tapetão 

Há alguns anos, não era incomum o campeonato ser paralisado em razão de querelas levadas para o tapetão. O caso de quatro campeões em 1992 aconteceu exatamente pelo atropelo de datas entre o certame estadual e o certame nacional. A Série A de 1993 teria de começar. Aí... 

É já 

O dia 6 de janeiro, quarta-feira, marcará a volta do Fortaleza à luta. O jogo na Ilha do Retiro será dos mais difíceis porque disputa direta. O Sport passa por delicado momento. O Fortaleza tem melhor elenco. Mas a diferença técnica não é tão ampla. Isso é que preocupa. 

Pílulas 

Quinta-feira, dia 7 de janeiro, o Ceará enfrentará o Internacional no Castelão. Não gostei nada do segundo tempo do Ceará no empate com o Santos na Vila Belmiro. O Vozão sumiu. Deu sinais de cansaço. Nem parecia o mesmo time que fez belo primeiro tempo. Incrível. 

No Castelão, o Ceará não poderá repetir o segundo tempo da Vila, se não quiser sofrer resultado adverso. Guto terá de avaliar bem a condição física de Charles e Fernando Sobral. Não adianta ir além dos limites. Saber a hora de substituir será fundamental.