Vitória
Ganhar do Criciúma é obrigação do Ceará, caso queira manter as chances de G-4. Vencer fora tem sido um desafio a mais para o alvinegro. Martírio desde a segunda rodada (dia 16 de maio), quando perdeu para o Vila Nova por 1 a 0, gol de Túlio. Até hoje, o máximo que o Vozão conseguiu nos estádios dos adversários foi empatar. Nada além disso. Aceitou derrotas por aí. Agora precisa tirar a diferença. Hora, pois, de quebrar tabu. Sérgio Alves e Lúcio. Taí boa dupla, que conhece os meandros do futebol. Mas fica a advertência: é impossível exigir de dois veteranos fôlego de menino durante um jogo inteiro. Os substitutos imediatos devem ficar atentos, pois terão de ser acionados para não deixar cair o ritmo. Até sábado haverá tempo para Lula Pereira analisar mudanças e alternativas. Ederson tem entrado bem. Deivis mostrou talento. A solução estará na justaposição de jovens e veteranos.
É audiência
Fabrício, zagueiro do Ceará, esteve no Debate Bola. Mandou um alô para sua cidade, Nova Xavantina, no Mato Grosso. Lá, seus familiares estavam acompanhando o programa. Fabrício falou do começo difícil no Ceará até firmar-se juntamente com Dezinho. A dupla está bem.
Audiência II
Gaúcho, do Fortaleza, também compareceu ao programa. Igualmente mandou um alô para seus familiares no Paraná. Todos estavam reunidos, vendo o programa. Gaúcho mostrou-se otimista. Ele entende que o grupo poderá produzir muito mais. Também acho.
Papo agradável
Gostei de conhecer pessoalmente e bater um papo agradável com Gaúcho e Fabrício. São simpáticos e abertos ao diálogo e à crítica construtiva. Dois bons valores que se firmaram na medida em que os jogos foram acontecendo. Ambos souberam contornar os momentos mais delicados. Boa sorte!
Observações
Flávio Medina, que Heriberto da Cunha aproveitará no próximo jogo, agradou muito na sua participação anterior. Pelo menos, dentro do que observei, a qualidade de seu futebol deverá ser muito útil ao tricolor, tanto pelo empenho quanto pela leitura que ele faz da partida. Passou ótima impressão.
Marcação
Não gosto quando a torcida pega no pé de um atleta. Verdade que Marcos Paraná não vinha rendendo bem. Mas entendo como ato desumano quando um jogador recebe sistemática vaia de sua própria torcida. Não há nervo que suporta tamanha humilhação. Não gosto desse tipo de atitude.
Prostração.
Não quero dizer que a torcida seja obrigada a aplaudir sempre. Não é isso. Pode até vaiar. Mas tudo dentro de um princípio de respeito para com a pessoa humana. Dirão talvez que a vaia faz parte do futebol tanto quanto o aplauso. É verdade. Mas a vaia continuada leva qualquer um à prostração.
Resposta
Até hoje só vi um jogador suportar vaia continuada. Foi Julinho, ponta-direita do Palmeiras e da Seleção Brasileira. Em 1959, o Maracanã inteiro o vaiou assim que seu nome foi anunciado como titular no lugar de Garrincha para enfrentar a Inglaterra.
Exceção
Julinho vaiado ao entrar em campo e vaiado continuou até que logo no primeiro minuto fez um golaço. Driblou todos os ingleses que pegou pela frente. Transformou as vaias em aplausos. Herói porque deu um show e também o passe para o segundo gol. Julinho era exceção.
Formação
Mazinho Patrão feliz da vida com o título conquistado pelo sub-16 do Ceará. No Debate Bola (TV Diário), ele explicou a formação de valores, única política capaz de tornar o Vozão independe das importações em massa. Em campo, o trabalho do eterno ´soldado´ Dimas Filgueiras.
Olheiros
Verdade que a política correta é mesmo a que visa a formar jovens atletas. Veja aí o Fortaleza aproveitando Osvaldo, Adailton e Bambam. Mas é preciso vigilância constante, pois os ´olheiros´, muitos deles sem escrúpulos, não vacilam quando querem prometer um mundo de ilusões aos menos avisados.
"Só estaremos em igualdade com o Sudeste, quando tivermos patrocínios do mesmo valor".
Francisco Freitas
Colaborador (netoned@yahoo.com.br)