Sem pressão
Ganhar a primeira partida fora é mais uma vez o objetivo do Ceará. Mas nada de pressão. A vitória terá de vir pelas vias normais de um bom desempenho. Se forem forçar a barra, haverá o risco de a afobação prejudicar tudo. Está visível o processo de adaptação do alvinegro, após a saída de Luiz Carlos e Ciel. A nova dupla, composta por Lúcio e Charles Chad, necessitará de tempo para chegar à automação. Quero crer que hoje já aconteça melhor diálogo entre os dois. Sérgio Alves fica na expectativa. Cena repetida: Lula à espera do momento adequado para o aproveitamento da principal virtude de Sérgio, ou seja, fazer gols. A entrada de Mancuso será substituição de rotina. É o Ceará para tentar bater no Bahia. A propósito, o time baiano também não navega em águas plácidas. Perdeu seu jogo passado por 3 a 0. Semelhante ao Ceará, fez contratações de última instância. Contratações emergenciais.
Semelhança
Quando digo que Ceará e Bahia estão próximos em tudo, há mais um episódio que reforça o argumento. Eis que Elias, do Bahia, e o Fluminense decidiram seguir o mesmo caminho. Não faz muito, o mesmo caminho seguiram o Flu e Ciel do Ceará. Que dois times parecidos!
Tormento
O Bahia passou tormentos jogando em Feira de Santana, local do jogo de hoje. Lá empatou seis vezes (1 a 1, Fortaleza; 0 a 0, Paraná; 1 a 1, ABC; 1 a 1, São Caetano; 2 a 2, Bragantino; 2 a 2, Gama). Em casa também perdeu duas (0 x 1 Barueri e 1 x 4 Santo André).
Rumo
Já pelos tropeços se vê que o Bahia não se sente tão em casa quando em Feira de Santana. Foram tropeços sérios, inclusive padecendo uma goleada. Isso pode ser bom para o Ceará. Verdadeiramente a casa do Bahia seria a Fonte Nova. Em Feira, ele não está fora de casa, mas está fora do ninho.
Resposta apressada
À tarde, eu respondera ao leitor Maurício (Vendas@globalSeguranca.com.br), que mora em Joinville/SC, sobre a diferença que estava impedindo a vinda de Rinaldo para o Leão. À noite, diferença tirada, Rinaldo acertou. Peço desculpa ao leitor.
Identificação
Há jogadores e clubes que formam fusão de imagem, pois nasceram um para o outro. Caso de Rinaldo/Fortaleza. Ele sempre dá certo aqui. É incrível a identificação. Em nenhum outro lugar Rinaldo se deu tão bem. Gosto de seu futebol e espero que no Pici retome as grandes vitórias. Ele e o Fortaleza estão precisando.
Diferença
Pergunta que alguns torcedores do Ferroviário costumam fazer: onde está Clóvis Dias? Não faz muito tempo, o advogado Ramos me disse que Clóvis mora aqui em Fortaleza, mas viaja muito, cuidando de negócios particulares. Os últimos títulos corais foram conquistados na gestão de Clóvis (bi 1994/95 e vice em 1996).
De camarote
Depois disso, nunca mais o Ferroviário conquistou um título estadual cearense. É lamentável. Agora mesmo o narrador Gomes Farias faz campanha pelo reerguimento coral. E já está na hora. Sem o Ferrim inteiraço, o certame fica capenga.
Saudade
Ontem, no sepultamento do ex-jogador Vareta, estavam os ex-jogadores Pacoti, Eudócio e Macaúba, que aturam no Ferroviário nos anos 50/60. O jornalista Sílvio Carlos compareceu. Todos comentavam os bons tempos de Vareta e do futebol daquela época.
Quer explicação
De Francisco Guedes (guedesfco@hotmail.com): ´Fierro, que esteve no Fortaleza, não pôde jogar porque não tinha visto de trabalho no Brasil. Como pode agora estar jogando no Flamengo?´ Resposta: É outro Fierro. O do Mengo é chileno; o que veio para o Leão é boliviano.
Número de clubes
Francisco Paz Rodrigues (f_paz@oi.com.br): ´Já vem tarde a decisão de aumentar o número de clubes no estadual cearense. Os certames do Rio, São Paulo e Minas têm muitos clubes. A maior quantidade de jogadores permitirá que Vovô e Leão formem bons times para o Nacional, sem trazer jogadores caros do Sul/Sudeste´.
"Quando joga em Feira de Santana, o Bahia fica parecido com quem mora em casa alugada."
Sérgio Pinheiro
Comentarista da Verdinha