Repercussão
A vitória do Fortaleza por 2 a 0 sobre o Santo André e o empate do Ceará em Bragança Paulista (1 a 1) tiveram diferente repercussão. O triunfo tricolor produziu a saída da zona de rebaixamento, fato que aliviou tensões no Pici. Já o empate alvinegro, pelas circunstâncias, deixou certa frustração. O Vovô, com gol de Luiz Carlos(1 a 0), estava a poucos instantes do G-4. O jogo caminhava para o fim. Aí Somália fez o gol do Bragantino (1 a ). Até quando situação assim será repetida? Acompanhei pela tv, simultaneamente, os dois jogos. Olho no peixe, olho no gato. Embora com atenções divididas, foi possível fazer anotações alternativas. Vi o Fortaleza melhor desde o início. Fábio Oliveira e o gol são irmãos gêmeos. Um é a cara do outro. Fábio fez 1 a 0. Isidoro consolidou, convertendo pênalti (2 a 0). O Ceará foi melhor no primeiro tempo. Na fase final aceitou a reação do Bragantino. Deu no que deu: cedeu o empate.
Posição
Para o Ceará o resultado não ruim. Manteve a posição com o ponto que ganhou. Mas o problema foi mais uma vez o time não conseguir segurar o placar. Não ganhar fora preocupa também. Vira tabu. Assim diante do ABC em Natal, assim agora diante do Bragantino.
Sobe
O tricolor sai da zona de rebaixamento. Subiu para o 15º lugar. Ótimo. Mas, para ganhar definitiva confiança, terá de encaixar mais vitórias consecutivas. Gostei muito do Fábio Oliveira pelo sentido de gol. Paulo Isidoro mais solto ontem. Thiago Cardoso bem.
Milagres
Adilson voltou ao melhor de sua forma no Ceará. Em três ocasiões fez autênticos milagres, evitando a vitória do Bragantino. Luiz Carlos é sinônimo de artilharia. Ele é o gol. Outro destaque alvinegro foi Dedé. Até parece que está de volante, sua posição de origem.
Pouco
Marcelinho Carioca, do Santo André, ainda sabe cobrar falta como poucos neste Brasil. Numa, ele mandou na trave. Na outra, ele obrigou Thiago Cardoso a praticar grande defesa. Mas, na bola rolando, nem de longe lembrou o grande Marcelinho dos velhos tempos, a não ser em pequenos lampejos. Pouco.
Conclusão
Os resultados desse início de rodada foram bons para o futebol cearense, mas o do Ceará poderia ter sido melhor. O sonho do G-4 chegou a ser realidade no andamento da jornada, mas novamente cedeu na reta final. E assim, de cedência em cedência, continua a abstinência de vitórias fora de casa.
Ranço
A maioria da crônica critica o técnico Dunga. Algumas críticas construtivas, outras não. Noto na imprensa do Sudeste um ranço contra o treinador. Ranço que vem da Copa de 1994, quando Dunga calou seus críticos, levantando a taça do título mundial.
Os mesmos
Os críticos de 94 são os mesmos de hoje. Dunga pode não ser bom treinador, mas também não é tão ruim como pintam. Já ganhou uma Copa América. Quanto à Olimpíada, se não ganhar, será igual a Wanderley Luxemburgo e aos demais que também não ganharam.
Slogan
Na década de 70, o locutor Oliveira Ramos, então narrador da Ceará Rádio Clube, criou slogan carinhoso para o Ferroviário. Ele dizia: ´Aí é Ferrim, meu filho´. Anos depois, a torcida rejeitou o tratamento ´Ferrim´, pois entendia que diminuía o clube. Então adotou ´Ferrão´, pelo sentido de grandeza.
Carinhoso
Acho mais bonito Ferrim do que Ferrão, assim como chamam de Verdinha a Rádio Verdes Mares, a maior do estado. O sentido é carinhoso e não diminui coisa nenhuma. A Ferroviária de Araraquara é chamada de Ferrinha nos sites, rádios e jornais de São Paulo. E a torcida de lá adora.
Ídolo
Gildo, eterno ídolo do Ceará, foi operado do joelho esquerdo pelo médico Ronaldo Silva. Antes já fora operado do joelho direito. Está bem. O dr. Ronaldo é filho do saudoso goleiro Romualdo que, nos anos 60, brilhou no Calouros e no Ceará. A propósito, Luiz Carlos disse que gostaria de conhecer o maior ídolo alvinegro.
"Estou me sentindo bem, tentando reencontrar o ritmo ideal. Foi maravilhoso ter retornado".
Ronaldinho Gaúcho
Capitão da Seleção Olímpica do Brasil