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Bravura alvinegra

Só faltou a virada. O Ceará começou melhor. Logo no início, Ciel e Luís Carlos perderam três chances incríveis. Mas a resposta baiana foi fulminante: Galvão fez Bahia 1 a 0. Arturzinho mandou explorar os espaços. Deu-se bem. Chicão fez pênalti em Galvão, mas o árbitro não marcou. Aí Dezinho fez pênalti em Ávine e desta vez o árbitro marcou. Elias cobrou: 2 a 0. Alvinegro atônito. Na fase final, Lula mexeu bem. Fez entrar Vavá no lugar de Dellon. A história mudou. Aos 23, Vavá diminuiu para 2 a 1. Aos 29, Vavá mandou bola no travessão. Aos 33, Vavá empatou (2 a 2). Arturzinho, assombrado, quis segurar com Padovani. Lula quis mais com Marcos Paraná, que entrou muito bem. O Ceará encurralou o Bahia, que recuou todo. Azar alvinegro foi ficar com um jogador a menos, quando Zé Adriano contundiu-se após Lula queimar as três substituições. Ainda assim, o Ceará foi bravo, lutador, melhor. Só faltou a virada.

Observações

Vavá, o melhor. Viveu noite de esplendor. Tem intimidade com o gol. Nota 10. /// Lula fez leitura perfeita. /// Acertou nas mudanças. /// Marcos Paraná bem. /// Arturzinho errou ao tentar segurar o placar. Por pouco não perde. /// Que bela presença da torcida alvinegra.

Saída

Pelas pressões que aumentavam, já se poderia imaginar que Heriberto da Cunha, com várias propostas de outros clubes, acabaria optando por sair do Fortaleza, tal como realmente o fez. Enumerou suas razões e preferiu seguir novos caminhos. Era notória a insatisfação dele.

Posição

Desde o instante em que o time deixou o G-4, o incômodo ganhou maior dimensão. O recado do diretor de futebol, Edilson José, soou como posição mais incisiva do alto comando, advertindo não mais tolerar tropeços. Isso também levou Heriberto a uma nova avaliação.

Equilíbrio

O treinador do Fortaleza vinha também sentindo dificuldades na formulação da tática que ele imaginava ideal, ou seja, espécie de meio-termo, nem totalmente no ataque, nem totalmente na defesa. E alegou que o clube não foi ágil no atendimento das reivindicações feitas por ele, exceto no caso Mazinho Lima.

Título

Como legado, Heriberto deixa ao tricolor o título estadual deste ano, conquista que comemorou com entusiasmo. Depois, vieram desgastes. Quando da saída de Palomares, ficou evidente que nem tudo corria em paz. Agora Alexandre Irineu assume o comando técnico. Jorge Veras vai auxiliá-lo.

Clássico

Hoje, Brasil x Argentina. De 1914 a 2007, seleções principais, 91 jogos, 36 vitórias do Brasil, 33 da Argentina e 22 empates. Em Eliminatórias, estão empatados: 2000 - Brasil 3 a 1; 2001, Argentina, 2 a 1; 2004, Brasil, 3 a 1; 2005, Argentina, 3 a 1.

Presença

O último jogo entre Brasil e Argentina foi a decisão da Copa América (julho de 2007 em Maracaibo): Brasil, 3 a 0. Na ocasião, havia oito jogadores do time que perdeu domingo para o Paraguai: Maicon, Juan, Gilberto, Mineiro, Josué, Júlio Baptista, Robinho e Diego. (Dados de Airton Fontenele).

Homenagem

No Ginásio da Unifor, quando de Ceará 4 x 1 Sumov, no meio da torcida alvinegra havia uma faixa com a inscrição: ´Papa Sílvio Carlos, obrigado´. Motivo: Sílvio conseguira regularizar em tempo recorde três jogadores que o Ceará contratou em outros estados.

Recordando

Louro, saudoso lateral-direito do Fortaleza, foi um dos melhores que conheci na posição. Jogou pelo Corinthians na época de Rivelino. Dizem que foi por um desentendimento com o Riva que Louro acabou deixando o Timão. Ele foi Bola de Prata no Campeonato Brasileiro de 1974.

Recordando II

O filho do Louro, Francisco Chagas Veras Júnior, gostaria de ver um vídeo com o pai dele em ação. Louro jogou também no Sport/PE, Santa Cruz/PE e Ferroviário. Não disponho de vídeos da época em que Louro atuava. Se algum torcedor tiver imagens do Louro em ação, pode entrar em contato com o Júnior pelo fone 8716.2834.