Bela vitória
Gostei da evolução do Ceará. Progresso visível inclusive no ajuste de suas linhas. E digo mais: o placar de 3 a 0 foi pouco. O alvinegro tomou a iniciativa desde o início e poderia ter alcançado resultado ainda maior, tal o número de chances desperdiçadas. O Brasiliense, em nenhum momento, teve o controle da partida. Criou poucas situações com Jobson e Iranildo. Jamais conseguiu conter o volume alvinegro O placar minguado do primeiro tempo, 1 a 0, gol de Luís Carlos, não retratou a superioridade cearense. Na fase final, quando explorou os espaços do visitante, que teve de subir, o Ceará deslanchou de vez. Cleisson fez o golaço que matou a partida. E Luís Carlos coroou sua bela atuação conferindo o terceiro gol. Vitória para aliviar tensões e estabelecer a calma em Porangabuçu. O Ceará, agora no G-4, tem dez dias de folga para aprimorar o conjunto antes de encarar o Paraná. Ótimo. Venceu e convenceu.
Observações
O melhor: Luís Carlos. Além dos gols, grande atuação. /// Ciel, perfeito na movimentação, mas ruim nas conclusões. Tem de ajustar a pontaria. /// O golaço de Cleisson é ensinamento de como se deve finalizar. ///Allan Delon perdeu dois gols incríveis.
Ferrão
Paulo Vágner é mesmo incansável presidente coral. Na época das vacas magras, quando sem programação oficial e sem perspectiva de receita, ele segura literalmente a Barra. E segue em frente com seus projetos, não deixando o Ferrão pelo caminho. Merece o reconhecimento dos torcedores e dirigentes de todas as facções.
Recuperação
Torço pela plena recuperação do técnico Arnaldo Lira, que foi submetido a uma cirurgia e passa bem. Lira é determinado e encara todos os desafios. Jamais criou subterfúgios para fugir das entrevistas. Sempre comparece, quando convidado. Bola para frente, caro Lira.
Dois tipos
Há dirigente que coloca dinheiro no clube, sabendo que jamais terá o valor de volta. E há os que colocam dinheiro no clube como investimento, pois o terão de volta na venda do atleta que motivou sua contribuição.
Nada contra
Correta a postura dos dois tipos de dirigente. Hoje, futebol é um negócio que rende milhões. Quem quer doar que o faço. Mas quem tem tino para operação de compra e venda encontra aí vasto campo. Mãos à obra, pois.
Copa do Brasil
Hoje, Corinthians x Botafogo no Morumbi. Claro que a torcida do Fortaleza será toda pelo Bota. Motivo simples: derrota corintiana poderá abalar o time paulista, permitindo ao Fortaleza tirar proveito do desgaste de seu próximo adversário.
Conseqüência
Em caso de tropeço corintiano, o Fortaleza terá outro beneficio além do desgaste do time de Mano Menezes: o desestímulo da torcida paulista. Isso poderá reduzir o público, diminuindo a pressão no estádio.
Circunstâncias
O Fortaleza, nesta terceira partida diante do Corinthians este ano, experimenta melhor momento que nos jogos anteriores. Mas vale o alerta: é sempre muito difícil encarar o Corinthians em São Paulo, independente das circunstâncias.
Homenagem
O querido Dimas Filgueiras receberá hoje, às 19h30min, na Câmara Municipal, o título de Cidadão de Fortaleza, por iniciativa do vereador Marcílio Gomes. Justa homenagem, pois o carioca Dimas, que já é cearense de coração, tem uma vida dedicada ao futebol da gente.
Eficiência
Geralmente, a magia dos atacantes ganha maior atenção dos torcedores. Mas há zagueiros que, pela eficiência, também conseguem chamar para si a admiração e o respeito da galera. Preto, do Fortaleza, é um deles. Sua participação no sistema tricolor é importante. Mesmo quando comete algum deslize, logo se recompõe.
Recordando
O Nacional, time dos Correios e Telégrafos, era também chamado de equipe esmeraldina em razão de seu uniforme verde. Disputou o Campeonato Cearense na década de 60. O Calouros do Ar, time ligado à Base Aérea de Fortaleza, fez sucesso em 1955, quando se sagrou campeão cearense. O Gentilândia, campeão cearense de 1956, foi extinto na década de 60. O Usina Ceará, pertencente à empresa Siqueira Gurgel, foi quatro vezes vice-campeão cearense: 1957, 1958, 1961 e 1962. O Usina acabou sendo extinto. Desses, só o Calouros ainda existe.
"Marcamos um gol que nos ajudou no Rio. E sabemos o que representa sofrer um agora".
Felipe, sobre o modelo da Copa do Brasil e a definição com o Bota
Goleiro do Corinthians