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Vitória

Não há outro caminho ao Ceará senão vitória sobre o Brasiliense. As duas derrotas consecutivas, apesar de fora de casa, incomodaram sobremaneira. A torcida anda inquieta porque o time ainda revela desconexão entre os setores, mormente no tocante à ligação meia-cancha/ataque. Lula Pereira anda reticente. Isso me chamou atenção, pois sempre o conheci mais descontraído. Agora não consegue disfarçar sua tensão a despeito de, nas entrevistas, minimizar o problema. O Brasiliense empatou na estréia com o Marília (2 a 2) em pleno Boca do Jacaré. Depois, ganhou do Santo André em São Paulo (1 x 3). E voltou a vencer na terceira rodada, desta feita em casa, aplicando 1 a 0 no América/RN. Mesmo assim, o presidente do clube, Luís Estevão, questionou a produção apresentada. E observem que o time dele ocupa a terceira colocação, com sete pontos. Portanto, na faixa de ascensão.

Demissão

Luís Estevão foi mais longe: demitiu o técnico Gerson Andreotti, colocando em seu lugar Alfinete, ex-lateral do Corinthians na década de 80. Calculem o que ele faria se o Brasiliense não estivesse entre os quatro melhores... Resta saber a repercussão do ato junto ao grupo.

Evolução

Lula Pereira afirma que o time está evoluindo, não obstante as duas derrotas seguidas. Repito: tenho notado o Lula muito hermético, fechado. Isso não é bom. Prefiro ver o treinador alvinegro como há algum tempo, ou seja, mais comunicativo. E, de forma natural, sem forçar a barra para atender aos amigos.

Missão

Sei que a inquietação do Lula decorre da falta de melhores resultados que ele persegue. Quero crer que uma vitória hoje será fator à mudança total de semblante. As cobranças e as pressões causam mudanças de comportamento, mesmo que de forma inconsciente. Deve ser o que está acontecendo com o Lula.

Preparação

O Fortaleza tem até sexta-feira para montar o modelo ideal, visando a enfrentar o Corinthians em São Paulo. Segundo o presidente do Leão, Marcelo Desidério, o Fortaleza teve o privilégio que nenhum outro time teve: jogar duas vezes com o Coringão este ano.

Formação

Desidério entende que isso ajudará Heriberto a corrigir situações que impediram melhor resultado nos dois jogos passados com o Coringão. Acha que o Leão de agora está melhor que o da época da Copa do Brasil.

Torcedor coral

Caso Piva. De Pedro Henrique(pedro@isgh.org.br): ´Fico triste com a FCF e TJD, pois em Natal um time foi punido. Em Goiânia, o Itumbiara pode perder o título. Quero ver como ficarão a FCF e o TJD, quando o STJD bater o martelo a favor do Ferroviário.´

Pêsames

Ao árbitro Manoel Sidney os meus sentimentos de pesar pelo falecimento de seu pai, Manoel Maia Aguiar, que morreu domingo e foi sepultado ontem. Manoel estava com 69 anos de idade.

Estrutura

Que bom conversar com o jovem atacante Osvaldo, do Fortaleza. Apesar de moço, mostra-se seguro quanto aos seus objetivos. Conforme afirmou no Debate Bola (TV Diário), conta com ótima estrutura familiar, fator determinante para a excelente fase que ora experimenta.

Tradição familiar

Ana Alice Chaves, mascote tricolor aos 2 anos de idade, e seu irmão Gabriel, de 4 anos, mascote desde 1 ano e 9 meses. São filhos do conselheiro tricolor e professor da UECE, Lauro Chaves Neto, que foi mascote aos 2 anos, levado pelo seu avô, Evandro Ayres de Moura.

Recordando

O Bairro Gentilândia tem tudo a ver com o futebol cearense porque cenário dos grandes momentos, desde 1941, data de inauguração do Estádio Presidente Vargas. Foi berço de craques famosos como Moésio Gomes, Mozart Gomes, Haroldo Castelo Branco e Zé Mário, campeões estaduais por Ceará e Fortaleza e que brilharam na Seleção Cearense. Na Gentilândia nasceram também Leilá, Iá e Paulo Castelo Branco (primo de Haroldo), que igualmente conquistaram títulos estaduais por Ceará e Fortaleza. Além disso, é o único bairro que ostenta um título estadual, pois o time do Gentilândia sagrou-se campeão cearense de 1956, tendo na sua equipe jogadores excepcionais como os goleiros Pedrinho Simões e Gilvan Dias, o atacante Pipiu, o clássico Fernando Sátiro, que depois brilhou no São Paulo, e o notável e saudoso William Pontes, que nos anos seguintes brilharia no Ceará, Fortaleza e Seleção Cearense.

"Não me intimidarei ao enfrentar o Corinthians em São Paulo. Farei o que o Heriberto mandar".
Osvaldo
Jovem atacante do Fortaleza