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Passado e presente

O clássico não começou bem. Até antes do gol de Paulo Isidoro, o futebol foi de qualidade duvidosa. Um chute de Sérgio Manoel; um chute de Rogério. Quase nada. Mas, para animar a festa do passado e do presente, lembrando o Stella e o Rio Branco, veio o golaço de Paulo Isidoro. Depois disso, o Fortaleza dominou as ações. Mais ainda na reta final da primeira fase, quando perdeu três chances seguidas, com Rogerinho, Tailson e Rômulo, este mandando bola na trave. O Leão não soube matar o jogo, quando teve tudo para fazê-lo. Na fase final, mesmo em dificuldade pela expulsão de Cleisson, o alvinegro mandou recados: uma bomba de Chicão foi o primeiro aviso; depois, outra bomba, desta feita de Arlindo Maracanã. Quando tudo parecia definido, eis a antiga máxima do futebol: quem não faz, leva. O Ceará empatou com Vavá (1 a 1). Clássico é assim mesmo, desde os velhos tempos de Rio Branco e Stella.

Destaque

Rogerinho, mais uma vez, teve atuação destacada, dando ritmo ao Fortaleza, principalmente no primeiro tempo. Alguns companheiros preferiram destacar a atuação do ala Michel, que também teve importante participação. Mas fico mesmo com Rogerinho.

Artilheiro

Sete rodadas. Sete gols. Média de um por jogo. Exatamente como Vavá prometeu. E está cumprindo. Há uma frase no jargão esportivo que diz: a bola procura os craques. Costumo dizer e agora repito: a bola procura mais ainda os goleadores. Vejam só o instante final, quando Mazinho fez o lançamento. Quem estava lá, no lugar certo, no instante certo: Vavá. Por isso mesmo é o artilheiro do certame.

Predestinado

Vejam bem: Vavá teve seu nome anunciado como jogador que seria substituído por Flavinho. Não foi. E, nesta permanência de última decisão, acabou sendo o homem que evitou a derrota alvinegra. Não se tira de campo um artilheiro, a não ser por motivo de força maior ou por motivo de contusão, a pedido do jogador.

Liderança

Vi a vitória do Icasa diante do Ferroviário em Juazeiro. Difícil. Jogo equilibrado, duro. Acho até que um empate traduziria melhor o que as duas equipes produziram. Chances de lado a lado com Dedé, Amoroso e Diego pelo Ferrão, Isac, Zé Augusto e Esquerdinha pelo Icasa. No final, prevaleceu a força do Cariri, com Wanderlei definindo Icasa 2 a 1. Um belo gol, de cabeça.

O melhor

O nome do jogo foi Douglas, goleiro do Icasa. Pelo menos em três momentos, ele praticou milagrosas defesas: uma num chute de Dedé, outra numa conclusão de Amoroso e a terceira numa finalização de Diego. Na minha avaliação, foi Douglas o responsável pela importante vitória do Verdão.

Vice-líder

O gol de Júnior Cearense, que deu a vitória do Horizonte sobre o Itapipoca (1 a 0), além de colocar o time na vice-liderança, deixa a equipe matematicamente a três pontos da classificação, isso sem depender de terceiros. Agora, imaginem: Horizonte pega o Uniclinic, que não ganhou nem empatou uma sequer, lanterna da competição. Zero ponto.

Observações

Razão tem o Oliveira Lopes, quando se queixa dos gols perdidos pelos corais. O time está a dois pontos da zona. /// Quixadá, na luta direta pela última vaga, recebe o Fortaleza, quarta-feira, no Abilhão. Pensem num jogo difícil. /// Igualmente difícil a missão do Ceará, que vai a Juazeiro, enfrentar o líder, Icasa, que terá o retorno de Clodoaldo. /// Guarani e Itapipoca ainda estão vivos na competição.

Talento

Um golaço. A maneira como Paulo Isidoro matou a bola e assinalou o gol do Fortaleza demonstrou mais uma vez o talento de quem sabe ter a serenidade necessária para concluir com perfeição a oportunidade criada. Louvável também o lançamento de Tailson que vislumbrou o correto posicionamento de Paulo Isidoro.

"Infelizmente não conseguimos matar o jogo. O Vavá, então, fez a parte dele´.
Juninho, Zagueiro do Fortaleza