Dança dos treinadores
Na Série B, o Fortaleza começou com Paulo Bonamigo, que trocou o Leão pelo Goiás. Veio Marco Aurélio. Não demorou. Depois dele, Amauri Knevitz teve passagem meteórica. Três jogos e fim de papo. Jorge Veras e César passaram temporada rápida, na condição de interinos. Deram lugar a Zetti, que oscilou entre momentos de euforia e desolação. Agora, de forma emergencial, Silas assume o tricolor. O Ceará começou a Série B com Marcelo Vilar. Estreou bem com vitória (2 a 1) sobre a Portuguesa no Canidé, em São Paulo. Depois complicou. A goleada sofrida diante do Ipatinga (4 a 1) fez Marcelo pedir as contas. Heriberto da Cunha, que fizera o América subir para a Série A, chegou como última tentativa. Melhorou a produção do Ceará. Deu carão na diretoria. Até viu possibilidades de o alvinegro chegar ao G-4, mas depois só desilusão. Resultado final: Fortaleza e Ceará permaneceram na B, onde já estavam.
Questionamento
Vale a pena gastar tanto dinheiro com a contratação de técnicos de fora? Não há discriminação contra treinadores da terra como Argeu dos Santos, Oliveira Canidé, Flávio Araújo, Daniel Frasson, dentre outros? Com eles o resultado de Ceará e Fortaleza não teria sido melhor?
Liderança
Há jogadores que cedo demonstram sua vocação para treinador. O zagueiro César me parece inclinado a seguir essa profissão. Além da ótima experiência que teve na companhia de Jorge Veras no comando tricolor, há revelado espírito de liderança, dentro e fora de campo. No meu entendimento, uma das qualidades fundamentais para exercitar a função de treinador.
Elenco
Eu não sei se com técnicos da terra a situação teria sido melhor ou não para os representantes cearenses. Mas sei de uma coisa: se derem um elenco de qualidade a qualquer técnico desses citados, com certeza eles não fariam trabalho inferior aos que vieram de fora. Acho importante o intercâmbio. Gostei do contato com Zetti, Marco Aurélio, Knevitz, Bonamigo. Mas não custa nada acreditar também nos técnicos locais.
Monotonia
Embora ainda haja disputas por vagas na Libertadores, não vejo mais graça nessas rodadas finais da Série A, que há muito já tem seu campeão, o São Paulo. Pior ainda com relação à Série B, onde já estão definidos os quatro que sobem para a Série A. Cumprimento de tabela é o cúmulo da monotonia.
Sugestão
De Antonio Aury - Lavras da Mangabeira/CE (antonioaury@yahoo.com.br): ´Por que a FBA não patrocina o Campeonato do Nordeste, com a presença de clubes não participantes da Copa do Brasil? Seria um bom motivo para a manutenção e formação de bons elencos, além de injeção de receitas´. Sem os clubes da Copa do Brasil talvez houvesse um esvaziamento? A conferir.
Mensagem
De Mário Roberto, residente em Boa Vista, Roraima (betobv@bol.com.br): ´Nós, torcedores que estamos morando fora da terrinha, gostaríamos muito de acompanhar jogos do Leão e do Vôvo pelo Campeonato Cearense 2008. Esperamos contar com a gloriosa TV Diário, a única do Ceará que manda imagem para todo o Brasil. Abraços´. Valeu, Mário.
Violência
Confronto das torcidas da Inter de Milão e da Lazio resultou na morte de Gabriele Sandri, de 26 anos. Ele levou um tiro disparado possivelmente por um policial que tentava controlar o caso. Em fevereiro, num confronto entre torcedores do Catania e do Parma, um policial morreu. A violência não é só no Brasil.
Expectativa
Adilson tem todos os motivos para estar preocupado. As punições aplicadas pelo STJD estão sendo muito severas. O técnico Vadão, do Vitória, pegou 30 dias de suspensão por ofensas morais. Na súmula do jogo do Ceará, o péssimo árbitro Péricles Bassols citou que Adilson, além de ofensas Morais, agrediu um adversário.
Recordando
Bateu saudade do Rômulo Siqueira, que durante anos foi diretor comercial da Ceará Rádio Clube e TV Ceará - Canal 2, dos Diários Associados. Eu o conheci quando, em 1971, fui trabalhar na Rede Tupi. O superintendente era o querido Manoelito Eduardo Pinheiro Campos, que morreu faz alguns meses. Depois, Rômulo Siqueira foi dirigir a Rádio Tamoio do Rio de Janeiro. Na década de 90, num jogo do Ceará em Campos, ele deu todo o apoio à nossa equipe. Fundamental também suas articulações para a presença da Verdinha na Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos.
'Nunca fiquei sem jogar assim durante tanto tempo. Não sei o que eu fiz'.
Dude, sentindo-se discriminado no Leão
Volante do Fortaleza