Otimismo
Tricolores todos de plantão. Torcida em defesa da esperança. É o Fortaleza na corrida de recuperação dos pontos desperdiçados. É o Fortaleza de Zetti, que encaixou seqüência de significativas vitórias. O medo das surpresas, a prudência contra as zebras. É natural. Mas vale mesmo é o planejamento para conseguir mais três pontos. Nunca Itu, onde tudo é grande, viu seu time tão pequenino. Humilhante posição de lanterna, onde é olhado com desdém por todos os demais. Lanterna é nódoa na vida de um clube porque revela seu lado impotente, caracterizador do péssimo gerenciamento e dos equívocos dentro e fora de campo. Assim está o Ituano. E, por isso mesmo, por mais paradoxal que pareça, deve ser respeitado. É pela insignificância atual que o lanterna representa perigo. Além disso há interesses de terceiros em jogo. Otimismo, sim, mas dosado. Para o Fortaleza, hoje o Ituano é o líder.
Líderes
Em outras palavras, o próprio técnico Zetti fez questão de frisar que, independente do lugar que ocupem na classificação, todos os times devem ser encarados como se líderes fossem ou como se fizessem parte do G-4. Assim evitará o risco das desagradáveis surpresas.
Oportunidade
Taí a chance que o atacante Edenilson esperava. Treinou bem. Recebeu elogios dos companheiros. Enfim, pronto para encarar o desafio. Sua responsabilidade é grande porque entra com a missão de substituir o centroavante que vem crescendo de produção a cada jogo: William, autor de seis gols. Boa sorte.
Inversão
Até pelo que já ficou exposto, o leitor compreende a razão por que insisto em dizer que, para o Fortaleza, o G-4 passa a ser composto assim: 1º, Ituano; 2º, Remo; 3º Paulista, 4º, Santo André. É a lógica de quem não quer correr o risco de subestimar o que vai pegar pela frente. Tem que pensar como se no caminho estivessem os quatro primeiros colocados.
Opiniões
Tenho lido e escutado tudo o que me é possível a respeito das esperanças alvinegras com relação ao G-4. Opiniões dos jogadores, opiniões de dirigentes, opiniões de torcedores. Oscilam como o time oscila também em campo. Variação permanente entre crer e descrer, mas sempre com aquela pontinha a espetar o coração, assim como quem joga na mega-sena: sabe que é a coisa mais difícil do mundo, mas vai lá...
Clássico
Não raro tenho me referido aos chamados clássicos regionais. O Ceará enfrentará o Santa Cruz terça-feira próxima. E, pela atual situação, esse clássico assume características mais acentuadas pelos objetivos de ambos na tabela. No jogo do turno, no dia 24 de julho, uma terça-feira, deu empate no Arruda. Pela histórica rivalidade, jogo entre cearenses e pernambucanos é sempre muito difícil.
Queimação
A torcida do Ceará merece elogios pelo comparecimento. Dá demonstração de força, pujança. Mas tem um defeito imperdoável: queima jogador em pleno transcorrer da partida. Isso é ruim para o atleta e para o clube. Não é a primeira vez que a torcida leva à instabilidade jogador que comete um erro grave. Caso recente o de Ademar.
Sugestão
Já imaginaram se todos os atletas que cometeram erros graves fossem padecer perseguição por parte da torcida? O certo é a torcida dar força para que o jogador, após um erro grave, consiga recompor sua condição emocional. Assim o atleta poderá se recuperar no próprio jogo. Taí a sugestão.
Força e precisão
Arlindo Maracanã vem aperfeiçoando a cada dia os chutes de fora de área, de média ou longa distância. Ele opta por força e precisão, diferente dos que buscam colocação e efeito. Cobrança de falta, nas condições citadas, é com ele mesmo. E os goleiros já sentem o desconforto quando sabem que Arlindo executará a cobrança.
Recordando
Neno Cavalcante, comemorando 30 anos de jornalismo, vem contando episódios soltos que ficaram na sua memória. Lembrou que as colunas ´É...´ e ´Em Off´ (de Rogaciano Leite Filho) chegavam a ser cúmplices, mais que rivais, tal a afinidade dele, Neno, com Rogaciano. E comparou tal tabelinha jornalística, guardadas as devidas proporções, à famosa tabelinha Pelé/Coutinho, que encantou o mundo na década de 60. Este Neno é mesmo especial: ontem, em apenas sete linhas, conduziu o leitor a momentos de sublime recordação: a ´Em Off´, do Rogaciano, e a dupla do Santos.
"O Corinthians é o time do povo e o povo é fé, crença, sofrimento".
Chico Lang
Na Gazeta Esportiva.Net