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Próximos alvos

O Fortaleza continua impressionante na sua reação. O belo triunfo sobre o Vitória (2 a 1) nada mais é senão a natural seqüência de um time que começou a crescer exatamente na reta final do certame. E assim vai recuperando os pontos perdidos na fase de turbulências. Agora o Leão aponta para os próximos alvos: Ituano (20º) e Santo André (17º), dois times da zona de rebaixamento. Quanto ao Ceará, imperdoável a bobagem de Leanderson. De certa forma, ele foi o responsável direto pelas circunstâncias que não permitiram a vitória alvinegra. A expulsão tirou do Ceará o equilíbrio de forças. Levando-se em conta a desvantagem de ter ficado com um jogador a menos desde 36 minutos do primeiro, o empate até foi bom, apesar de complicar a possibilidade de classificação. O Ceará receberá Marília (10º, com 43 pontos) e Santa Cruz (15º, com 40 pontos). O Vozão com obrigação de ganhar.

Fase

Rogerinho está fazendo a diferença no Leão. Experimenta fase esplendorosa. Quando lembro que iam mandar embora esse rapaz... Ainda bem que a torcida e a crônica mostraram a importância de Rogerinho, Simão e Léo. E, com isso, o alto comando tricolor recuou.

Prejuízo

Vejam bem: aquele pênalti inventado pelo árbitro gaúcho, Leandro Pedro Vuaden, que resultou no empate do Ipatinga com o Fortaleza (1 a 1), tirou dois pontos do Leão. Hoje, o Fortaleza estaria com 48 pontos e em 5º, na frente do Criciúma, pois com uma vitória a mais.

Detalhe

São nos pequenos detalhes, como o pênalti inventado em Ipatinga, que um time pode perder a vaga no G-4. Observem bem: levando-se em conta a ordem dos critérios de classificação (pontos conquistados e número de vitórias), um erro assim traz grande desvantagem, pois reduz os pontos e o número de vitórias. Pode?

Carência

Reinaldo, do Ceará, além dos dois gols, fez bela partida. Pena não ter suportado até o fim. Sua saída permitiu ao São Caetano subir todo. Rômulo e Vavá, atacantes que poderiam gerar preocupação aos paulistas, estavam fora. Rômulo, punição; Vavá, contusão. Isso se chama carência.

Escalação

A ausência de Leanderson amanhã, diante do Marília, poderá ser contornada sem problema. Mas a ausência de Sérgio Manoel será muito sentida. Sim, dirão que Mazinho Lima está aí. Tudo bem. Mas reduz uma opção que Heriberto da Cunha teria a mais.

De olho

O futebol cearense não pode perder de vista Ipatinga, Vitória e Criciúma. Por sinal, estes dois últimos se enfrentarão sábado próximo no Barradão. Um empate entre ambos será o melhor resultado para o Leão, pois evitará que um dos concorrentes amplie demais a margem de pontos e número de vitórias.

Sem seqüência

Mais uma vez, Heriberto da Cunha não poderá repetir a mesma escalação no Ceará. Parece sina: quando não é punição, é contusão. E, não raro, as duas coisas ao mesmo tempo. Isso possivelmente é também um dos motivos pelos quais o Ceará não conseguiu até hoje encaixar três vitórias consecutivas.

Elogio

Para Válter, que substituiu Simão durante o jogo com o Vitória, nada melhor do que os elogios feitos pelo próprio técnico Zetti. Segundo o treinador, o time como um todo (até os suplentes) está entendo a proposta.

Nove jogos

Impressionante a subida da Portuguesa, vice-líder da ´B´. Não perde há nove jogos (5 vitórias e 4 empates). São 19 pontos conquistados de forma consecutiva. De jogos mais difíceis, terá pela frente ainda Coritiba e Criciúma. Seus próximos adversários são fracos: CRB e a Avaí.

Pança

O atacante do São Caetano, Luizão, mesmo com uma pança que chamou a atenção de todos, deu trabalho a defesa do Ceará e marcou dois gols. A silhueta dele nem de longe lembra a do atacante que há algum tempo atuou em grandes times do Brasil e que também integrou a Canarinho pentacampeã do mundo em 2002.

Temos que encarar não sete, mas um adversário de cada vez.
Zetti, explicando como enfrentar as rodadas que faltam, Técnico do Fortaleza