Cautela
O Ceará, dentro de sua extrema necessidade de vitórias, pegará pela frente o Clube do Remo, de Santa Maria de Belém do Grão Pará, terra do Júlio da Imperatriz Sales. A tradição há mostrado que Ceará e Remo sempre fazem jogo equilibrado, independente das posições que ocupam na competição. Hoje, o Remo experimenta a humilhante situação de vice-lanterna. Aliás, o Leão Azul já trafegou pela zona de rebaixamento, dela saiu e para ela voltou, numa oscilação própria da atual Série B. Nos cinco últimos jogos, o Remo perdeu apenas um: empatou com o Avaí (2 a 2), perdeu para o Gama (3 a 1), empatou com o Criciúma (0 a 0) no Heriberto Hulse, ganhou do CRB (1 a 0) e ganhou do Brasiliense (5 a 1). Dados importantes na análise a ser feita pelos alvinegros. Nas atuais condições da Série B, enfrentar um vice-lanterna não mais significa moleza. Às vezes, pode até ser o contrário.
Conclusão
O Ademar esteve bem no jogo diante do Ipatinga. Apoiou e se apresentou para conclusões. O problema aconteceu exatamente aí: perdeu duas grandes oportunidades, o que de certo modo irritou a torcida. Exercício de finalização pega bem em situações assim.
Protesto
Faixas de cabeça para baixo contra o Ceará. Protesto desse tipo deve ser encarado de forma natural. É manifestação silenciosa e que não gera violência. Tanto é verdade que o Ceará construiu a vitória exatamente quando o protesto acontecia. Volta por cima em pleno jogo.
Discrição
Sérgio Manoel é discreto. Fez aquele golaço no Ipatinga, numa perfeita cobrança de falta. Nas entrevistas, porém, cuidou de falar sobre a missão delicada dos próximos jogos, sem fazer qualquer referência ao belo gol que marcara. Ele entende, creio, que a imagem diz tudo. Sérgio adota a discrição, deixando para os cronistas a tarefa dos encômios.
Confiança
O dirigente do Fortaleza, Edilson José, esteve no Debate Bola. Citou nomes de todos os que, segundo sua ótica, estão colaborando com o clube nesta fase de retomada. Edilson não esconde sua confiança, a despeito de reconhecer as dificuldades.
Elogios
Edilson José fez questão de elogiar a comissão comandada pelo técnico Zetti. Edilson lembrou a superação que esta teve, principalmente após o episódio em que foi chamada de incompetente. As próprias vitórias em campo cuidaram de provar o contrário.
Realidade
A caminhada dos clubes cearenses ainda terá pela frente enormes desafios. Daqui até a 38ª rodada, qualquer descuido poderá ser fatal. As circunstâncias melhoraram muito para o Fortaleza com a seqüência de vitórias que estabeleceu. Mas a realidade mostra que essa seqüência não poderá ser quebrada.
Adversários
Teoricamente e também pela tradição (chamados clássicos regionais), vejo como mais difíceis para o Fortaleza os jogos com o Vitória da Bahia aqui e com o Remo em Belém. Com relação ao Ceará, pelos mesmos motivos, aponto como mais difíceis os jogos diante do o Santa Cruz e do Remo.
Explicação
Sim, o Remo é vice- lanterna e faz campanha pífia. É verdade. Mas se trata de um clássico regional. Com o Santa será jogo de ´seis pontos´, fato que tende a equilibrar mais ainda. Quanto ao Vitória, o Fortaleza tem um acerto de contas a fazer.
Fora
Ao Fortaleza a árdua missão de tentar definir sua ascensão para a Série A antes da última rodada. Explico: seu jogo derradeiro será em Marília. Lembram da experiência negativa, quando o Leão teve de definir a permanência na Série A diante da Ponte em Campinas?
´Caseiros´
Definir vaga diante de time Paulista, em São Paulo, é sempre muito complicado. Tudo se torna mais difícil. Não raro, nessas ocasiões, não digo que apareçam juizes desonestos, não é isso, mas costumam aparecer juízes ´caseiros´, como costuma dizer o crítico de arbitragem, Dacildo Mourão.
'Precisamos apenas tentar vencer o GP do Brasil e ver o que acontece com os outros´.
Kimi Raikkonen, sobre suas chances de ser campeão mundial
Piloto da Ferrari