Realidade
É natural o entusiasmo dos tricolores, haja vista a conquista de três vitórias consecutivas, inclusive uma fora de casa. Mas esse entusiasmo tem de ser trabalhado. O Leão não pode perder o foco de uma permanente concentração de esforço, haja vista tanta surpresa que a Série B apresenta. Agora mesmo, quem diria que o líder absoluto, o Coritiba, levaria o baile que aqui levou? Assim, a cada jogo, não importando o adversário, o Fortaleza terá de jogar como se com o líder estivesse jogando. No caminho tricolor: Avaí (17º), Ipatinga (2º), Vitória (5º), Ituano (lanterna), Santo André (16º), Barueri (8º), Remo (vice-lanterna), São Caetano (14º), Paulista (18º) e Marília (6º). Síntese: enfrentará os quatro times que estão na zona de rebaixamento. Só enfrentará um do G-4, o Ipatinga. Mas pega Vitória, Marília e Barueri, todos colados no G-4 e na briga pela vaga. A realidade mostra que tudo ainda está muito difícil.
Fora
Os resultados dos dois próximos jogos do Fortaleza fora serão fundamentais. O Avaí, embora na zona de rebaixamento, deu muito trabalho ao Ceará aqui. E, em Ipatinga, comandou o placar diante do vice-líder, abrindo 2 a 0. Depois cedeu o empate. Vale como advertência.
Talento
Rogerinho em grande fase. Na vitória sobre o Brasiliense, no Boca do Jacaré, teve papel importante. E na vitória sobre o Coritiba, simplesmente deu um show. Mais importante: além de criar situações para os companheiros, ele mesmo cuida de concluir com perfeição, quando a situação o favorece. É peça fundamental no esquema tricolor.
Ânimo
A derrota do Ceará reduziu o entusiasmo, mas não pode desabar na desesperança. O alvinegro fará seis jogos em casa. Portanto, 18 pontos para serem trabalhados aqui. De time melhor colocado, recebe apenas o Ipatinga (2º lugar). O Remo é vice-lanterna. E os demais (Marília, Santa, Brasiliense e San André) trafegam na faixa intermediária, igualmente com muitas oscilações.
Queixas
De certa forma, as queixas de Heriberto da Cunha procedem. O time deixou de contratar os reforços finais para uma arrancada. E agora terá de contornar as limitações com esforço redobrado. Bato na mesma tecla: a preocupação decorre da produção. Mesmo na vitória sobre o Avaí (1 a 0), o time passou sufoco. E o placar não refletiu o que o Avaí apontou em campo.
Alternância
Encaixar uma seqüência de vitórias será fundamental para o Ceará alimentar suas esperanças. Se continuar a alternância de vitórias e derrotas, num repertório de sucessos e insucessos, o Ceará terá mais uma vez a apreensão de levar incertezas até às últimas rodadas.
Treinador
Está morando em Fortaleza o treinador Álvaro de Oliveira, que já foi goleiro do Palmeiras (1967 a 1973), Marília, Blumenau, dentre outros. Como treinador, a partir de 1986, já dirigiu no Brasil o Colorado/PR, Esporte Clube Brasil/RS e Cascavel/PR. Na Arábia Saudita treinou o Hajer, Al-Qadisiyah e Al Raed. Quer treinar times cearenses. Telefone para contato: 9934.9601.
Reminiscências
Livro ´Futebol Cearense - Retalhos Históricos´, recentemente lançado, escrito pelo saudoso Alfredo Sampaio, está à venda nas principais livrarias da cidade. Também disponível nas bancas de revista do centro da cidade.
Confiança
Bom o papo com o ex-goleiro coral, Douglas, hoje vitorioso empresário. Ele bota fé no Ferrão para 2008.
Constatação
O ausência de Erivelton no jogo diante do Gama serviu para mostrar o quanto ele é importante na defesa alvinegra. Sem ele, pelo menos em Brasília, esse setor desarrumou. E padeceu quatro gols. Já no jogo contra o Avaí, a despeito da pressão, a presença de Erivelton e as intervenções de Adilson salvaram o Ceará.
Recordando
O colaborador Wagner das Graças Monteiro mandou-se uma relação de jogadores que, na década de 60, se identificavam de forma tal que suas imagens se fundiam com a de seus clubes: Moésio, Mozart e Sapenha com o Fortaleza; Alexandre, Ivan Roriz e Gildo, com o Ceará; Pacoti, Nozinho e Manuelzinho com o Ferroviário; Cícero, Vilanova e Doca com o Usina; Rui, Veto e Rômulo com o Nacional; Pinto, Marcelo e Raimundinho com o Gentilândia; Luciano, Jairo e Pedrinho com o Calouros; Fernandinho, Barbosa e Zeca com o América; Pelado e Cabeção com o Guarany/S.
Aqui no Brasil isso não significa nada e ficamos muito tristes com isso´.
Aline, lamentando a tímida recepção após a conquista do vice mundial
Capitã da seleção brasileira de futebol