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Em casa

O Ceará disputará 21 pontos em casa. Se abrir seqüência de sucesso aqui, poderá interromper o inquietante vaivém de vitórias e derrotas, oscilação que traz permanente intranqüilidade. Apenas dois pontos separam da zona de rebaixamento o Ceará. Isso produz apreensões. O primeiro adversário é o Avaí, que é useiro e vezeiro em pregar peças no Vozão. O Avaí em tudo se assemelha ao Ceará (perde apenas no saldo de gols (menos quatro). Os demais adversários do Ceará têm situações diferenciadas. O Ipatinga preocupa, pois em ascensão no G-4. O Remo, atolado em grave crise. O Marília, a procura de Dirceu. Santa Cruz, mediano, tem o mesmo padrão do próprio Ceará e do Avaí. O Brasiliense, apesar de goleado pelo Ipatinga (3 a 0), briga pelo G-4. O Santo André integra a zona de rebaixamento, mas foi exatamente aquele que, já na zona, aplicou 5 a 2 no Ceará. Tudo está muito embolado ainda.

O líder

Observei bem a produção do Coritiba, líder absoluto da Série B. Um time melhor do que o Ceará, mais definido em tudo. Agora pergunto: você viu alguma coisa de extraordinário no Coritiba? Resposta simples: não. Apenas se mostra mais arrumado. E nada mais que isso.

Visita

Foi ótimo receber no ´Debate Bola´, na TV Diário, a visita de Paulo Isidoro. Ele é muito simples, gentil, e contou detalhes de sua vinda para o Fortaleza. Paulo fez uma avaliação do time tricolor. Mostrou-se convicto de que a equipe tem tudo para continuar na Série B, livrando-se do rebaixamento. Sobre o jogo em Brasília, considerou possível um triunfo tricolor, embora reconheça as dificuldades.

Seco

Paulo Isidoro fez referência ao clima seco que incomoda em Brasília. Ele disse que, na época em que lá trabalhou, sentiu alguma dificuldade de adaptação, mas contornou o problema. E, claro, assim gradualmente também acontecerá com os demais companheiros.

Até quando?

No futebol cearense, as declarações de dirigentes, jogadores e cronistas estão finalmente mais adequadas à realidade. Série A virou utopia. E, só em raras exceções, ainda se observa aquela euforia exagerada nas vitórias ou manifestação sepulcral nas derrotas. Está patente que o potencial de Fortaleza e Ceará não permite vôos mais altos. E também não adiantará subir para submeter-se a vexamos como o América/RN.

Cinco

Em casa, o Fortaleza receberá Coritiba, Vitória, Barueri, São Caetano e Paulista. Desses cinco, dois estão na luta pelo título de campeão: Coritiba e Vitória. Na outra ponta, São Caetano e Paulista estão se mordendo na disputa contra o rebaixamento. Só mesmo o Barueri está numa faixa intermediária. Mas, ainda assim, com boas chances de chegar ao G-4.

Cuidado

Pelas circunstâncias, o desafio tricolor de não mais tropeçar em casa ainda vai requerer redobrado cuidado. Coritiba e Vitória representam sério risco. Ainda bem que a vitória de sábado sobre o Criciúma quebrou tensões. Mas a continuidade de melhor ambiente terá muito a ver com o resultado do jogo diante do Brasiliense, sábado próximo, no ´Boca do Jacaré´.

Vereda

Ganhar fora de casa continua sendo exceção. A maioria dos times que jogam fora perde. O empate fora já é festa. Se bem que uma vitória em casa vale por três empates fora. Daí a importância de o time não desperdiçar ponto quando em seus domínios. É a vereda para fugir do rebaixamento.

Ano perdido

Os empresários e procuradores que retardaram o retorno de Vavá aos gramados estão vendo agora o resultado negativo de suas ações. O jogador, que passou tantoi tempo parado, jamais voltou à condição que tinha em 2006, quando foi a sensação alvinegra na Série B. Taí um ano perdido na vida do atleta. Que absurdo!

Recordando

Nas décadas de 50 e 60, o Calouros do Ar criou um tabu diante do Ceará. Em 1958, o Ceará passou invicto quase dois turnos e seu famoso goleiro, Harry Carey, sem tomar um gol sequer. No dia 05 de julho daquele ano, o Ceará enfrentou o Calouros. Aos 43 minutos do segundo tempo, Edilson fez Calouros 1 a 0 e não mais houve tempo para reação alvinegra. O Calouros ganhou com Romualdo, Pedrinho e Coité; Luciano, Jandir e Linha Fina; Zezinho, Evilásio, Beto, Everton e Edilson Araújo. (Colaboração de Wagner das Graças Monteiro).

"Se ainda não acreditarmos no título, não teria porque estarmos trabalhando agora".
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