Inquietações
A diferença entre o primeiro da zona de rebaixamento (o Fortaleza, 17º, com 27 pontos) e o último do G-4 (Ipatinga, 4º, com 37 pontos) é de 10 pontos, ou seja, três vitórias e um empate. Como faltam 15 rodadas, há 45 pontos em disputa. Portanto, muita coisa imprevisível ainda poderá acontecer, inclusive com alguns clubes que já se sentem garantidos na Série A nacional em 2008. Quanto ao futebol cearense, quatro pontos separam Ceará e Fortaleza. Situação ainda muito nebulosa em termos de definição. Exatamente por isso o clássico de amanhã assume importância superior. Jogo do tipo que a imprensa batizou de seis pontos, argumento refutado pelo comentarista Sérgio Pinheiro que, ao pé da letra, diz só existir disputa de três pontos, sendo tudo o mais proveniente da imaginação popular. A zona de rebaixamento é humilhante, mas quem dela está próximo também padece incríveis inquietações.
Segurança
O que dizer de um Estado incapaz de garantir a segurança no transporte público especial num dia de clássico? Para quem pretende sediar uma Copa do Mundo, isso não pegará bem. Os concorrentes terão prato cheio para mostrar à FIFA o que aqui acontece.
Ao vivo
Sérgio Pinheiro está cada vez melhor. O brilho de sua participação na TV Diário acontece em vários programas e, principalmente, nas transmissões esportivas. Hoje, ele analisará Horizonte x Guarany, jogo que será mostrado ao vivo, direto do Estádio Clenilsão. E, na segunda-feira, ele também comentará Crato x Boa Viagem, decisão da segunda vaga para a elite cearense em 2008.
De olho
Bati agradável papo com meu amigo, Mardônio Filho, desportista atento ao futebol nas variadas instâncias. Na opinião dele, o volante Claudecir, do Boa Viagem, tem talento para atuar em qualquer time da Série A ou Série B. Prestem atenção na qualidade desse jogador, bom no combate, bom no passe. Concordo com a oportuna a observação do Mardônio.
Custou caro
Reintegrados Simão e Léo, vamos à análise da questão. Por que só depois dos fracassos os dirigentes despertaram para a necessidade de tê-los de volta? Quanta lentidão de raciocínio. Os mais simples torcedores logo perceberam que a punição imposta à dupla era, antes de tudo, punição ao próprio Fortaleza. E o Leão pagou caro por isso.
Falta de inteligência
Simão e Léo deveriam ter sido punidos apenas no bolso. Se o Fortaleza tivesse elenco excelente, de sobra, aí se compreenderia o afastamento dos dois jogadores. Mas dentro da limitações existentes no time, foi pura falta de inteligência deixar Simão e Léo à margem.
Lição alheia
A vida é assim mesmo. Há gente que só aprende apanhando. Filme semelhante passou em Porangabuçu, quando na época afastaram Reinaldo Aleluia e companhia. O Alvinegro desonerou e desabou a perder. Só aí acordaram e fizeram voltar os afastados. Resultado: exatamente os proscritos salvaram o Ceará.
Semelhança
Se os dirigentes do Fortaleza estivessem mais atentos, teriam tirado proveito da lição alheia e evitado que filme semelhante passasse no Pici. Mas passou. Tudo por pura falta de sensibilidade. Só agora os dirigentes viram a tolice cometida. Depois de tirarem Simão e Léo da seqüência crescente em que estavam, fazem retornar a dupla às vésperas de um clássico. A volta deveria ter sido muito antes. Coisas do futebol cearense. Mas antes tarde do que nunca...
Talento
A equipe do Gomes Farias, na Rádio Verdes Mares, continua acolhendo talentos. Agora mesmo, observa-se a ótima participação do repórter Marcos Mesquita, que começou sua carreira na Rádio Caiçara AM, de Sobral. Atualmente, Marcos faz o curso de mestrado em Agronomia na UFC. E concilia tudo numa boa.
Recordando
Heitor Gentil foi campeão profissional cearense pelo time do América em 1966, formando naquele timaço que tinha Pedrinho, Cícero, Ribeiro, Ninoso, Vilanova, Loril, Baíbe, Zé Gerardo, Luciano Frota, dentre outros. A equipe era comandada pelo saudoso Gilvan Dias. Na infância, Heitor atuou no futsal pelo RAC (Recife Atlético Clube); nos gramados jogou pelo ´Santos Dumont´, ao lado do goleiro Sebastião Belmino, hoje apresentador do ´A Grande Jogada´. O colaborador, Wagner Graças Monteiro, também atuou nessa equipe e era chamado de Waguinho.
"Na opinião da maioria dos torcedores, treinador não ganha jogo, mas perde".
Gavillan
ex-atleta