Olheiros
A economia globalizou também o futebol. Espetáculo de milhões de dólares, jogadores de milhões de dólares. A Europa pagando alto por jovens talentos. Alguns saídos dos campos suburbanos, sem sequer passarem pelos grandes clubes da terra. Há jogadores cearenses nas séries menores de países europeus sem que a imprensa daqui saiba seus nomes. São levados por empresários. Se algum explodir, o retorno será em euro. Mercado que, mesmo aquecido, funciona sem alarde. Embora legal, respeitando a legislação vigente, opta pelo silêncio das operações. Alarde só quando o atleta faz sucesso. Aí, sim, hora de buscar a imprensa. E, não raro, aparecem vários ´pais´ da criança. Nos campinhos dos bairros, nas escolinhas dos clubes, lá estão, quase sem serem notados, olheiros e olheiros. Trocam informações nacionais e internacionais. Segurar aqui jovens valores é quase impossível.
Exemplo
De Rogério Bezerra (rogerio_intercredite@hotmail.com): ´Sou primo do Dudu , lembro quando ele fez teste no Ceara e no Fortaleza. Mandaram-no procurar outro lugar. Sorte dele: quando estava jogando na Vila Manoel Sátiro, um olheiro o descobriu´.
Roteiro
Não recordo bem como foi o roteiro que Dudu seguiu. Se do campo do Paiva Filho, na Vila Manoel Sátiro, direto para tentar a sorte nos times grandes citados ou se desviado destes para outro Estado. Verdade é que Dudu, a exemplo de tantos outros, foi embora.
Copa do Mundo
Diante da rigorosa comissão de inspeção da FIFA, o Estado do Ceará fez muito bem a sua parte na apresentação das potencialidades alencarinas, visando a ter a cidade de Fortaleza como sub-sede da Copa do Mundo de 2014. Tudo estrategicamente preparado. Em comparação com a apresentação dos concorrentes, o Ceará revelou profissionalismo superior.
Alto nível
A presença cearense perante a FIFA teve a força de uma equipe de governo que se preparou para conquistar a vaga mediante trabalho de alto nível em todos os segmentos (esportivos, estruturais, comerciais e culturais - Waldonys deu o show).
Presença forte
Os membros da FIFA viram o Ceará representado por lideranças de expressão: os secretários do Esporte (Ferruccio Feitosa), Turismo (Bismarck Maia), Casa Civil (Arialdo Pinho) e o Secretário Chefe do gabinete do Governo do Estado, Ivo Gomes. É assim que se faz. Positivo.
Mensagens de Edy Vidal (edy@sodine.com.br): ´A cada temporada aumentam os prejuízos dos clubes com as fracassadas contratações´. /// De Ivan Moreira dos Anjos (ivan.moreira.anjos@oi.com.br): ´Hoje em dia não há mais ídolo local como no tempo de Pacoti e outros. E acho que não vamos ter mais. Os tempos modernos, que alguns chamam de globalização, são de ganância de dirigentes e empresários´.
Escolha
A propósito de empresários, entendo que são necessários no futebol. Cabe ao atleta saber distinguir entre o empresário honesto e o que quer tirar proveito do jogador. Ter um mau empresário é cair nas ciladas dos espertalhões. Todo cuidado, pois!
Contratos
O bom empresário dá garantia de bons contratos e negócios ao jogador. Feliz o atleta que conseguir empresário ou procurador competente, honesto. Vem do céu.
A favor
De Manoel Rodrigues V. Neto (netorvenancio@yahoo.com.br): “Magnifica a sensatez da matéria relativa a Clodoaldo. Realmente o futebol cearense carece de grandes ídolos´. Manoel torce pelo Fortaleza e aceita a volta de Clodô. No tópico seguinte, opinião diferente.
Contra
De Tibério (tiberiofs@hotmail.com): ´Torcedor que realmente é torcedor do Leão jamais aceitaria um jogador que na mídia se disse torcedor do maior rival, desde criança. Nada contra o Fortaleza ajudá-lo, mas de outra forma. Não como a imprensa e alguns torcedores, que são apenas torcedores, querem´.
"As vezes, os clubes locais são ´sapato pequeno´ para o pé dos bons jogadores".
Diego Almeida (diegopdealmeida@gmail.com), Colaborador