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Nova fase

Dispensas e contratações. Aí está o Fortaleza de Zetti na montagem para o retuno. Não deu certo o planejamento, que visava a preparar o time durante o Campeonato Cearense como catapulta ao certame nacional. O time desonerou no transcorrer da competição. Agora, resta recomeçar. E recomeçar com as devidas cautelas para não tropeçar na mesma pedra das precipitações. Na medida em que o time dispensa uma leva de jogadores dá também testemunho de que se equivocou em bloco. E qual o dirigente que pagou por isso? Nenhum. Além de Mezenga, Ricardinho, Isaías e André Lima, outros já tinham ido embora. Agora, com o início do returno, a margem de erro fica reduzida a quase nada. Se contratar mal, pagará caro por isso. É o preço cobrado aos que não aproveitam o certame estadual para montagem definitiva. O futebol cearense é useiro e vezeiro na prática de deixar tudo para a última hora.

Dupla

A comissão técnica do Fortaleza tem larga experiência internacional. Zetti e Silas receberam orientação dos mais afamados técnicos do mundo. Questão é dispor de elementos à altura do que pretendem fazer no Leão. Daí a importância das contratações.

Coincidência

Numa avaliação feita por vários jogadores, o problema maior está na falta de gols. Nas duas recentes derrotas sofridas fora de casa, o Fortaleza gerou boas chances, mas as conclusões foram erradas. Por ironia do destino, Rinaldo e Cleiton não estavam em campo no jogo passado.

União

Conversei com o médico Henrique César, que assumiu as funções de diretor executivo do Ceará. Ele se mostrou confiante na tarefa de unir a família alvinegra. Nesta parte, já conversou com novas lideranças e com os chamados conselheiros históricos.

Persuasão

Henrique César admite estar trabalhando a reaproximação entre os Rabelo e André Figueiredo, pois já existe um motivo que os une: o amor pelo Ceará. Henrique me parece com habilidade suficiente para exercer o papel de pacificador. E o momento do Ceará favorece. Tudo dependerá de seu poder de persuasão.

Dimensão

Perguntei ao dirigente Henrique César sobre a dimensão da “carta branca” que lhe foi dada. Resposta simples: “Total”. Síntese: não é a “carta branca” da retórica aos microfones ou de fantasia. É para valer mesmo, com o apoio da família Rabelo. Assunto trabalhado para não ferir suscetibilidade.

Substituição

Bom quando, na mente do torcedor, a escalação de um time passa a ser automática, inclusive quanto às substituições. Quando as coisas começam a entrar nos eixos é assim. Ninguém demora na hora de definir quem entrará no lugar de quem. A torcida canta a pedra.

Coro

Antes de Heriberto da Cunha se manifestar sobre quem entraria no lugar de Sérgio Manoel, a torcida fazia coro com a crônica e já citava o nome de Mazinho Lima. Mudança imposta pelo cartão, mas tão natural quanto se não fosse pela punição de Manoel.

Subestimação

Os elogios ao Ceará correspondem à melhora que o time teve. Mas cuidado para não levar o grupo ao mundo das ilusões, ou seja, o de imaginar que está superior aos demais. Houve avanços, mas o padrão ainda é semelhante ao da maioria da Série B. Portanto, nada de subestimar o Santo André.

Atacante

De Victor Sávio (victorsaviodosantos@hotmail.com): “André, que veio do Rio Grande do Norte, fez alguns jogos pelo Ceará. Depois foi para o Iraty e para o Santos. Hoje está no futebol alemão. Enquanto aqui vão contratando jogador caro e sem qualidade”.

Exterior

A respeito da mensagem acima, o Victor acrescenta que André tem contrato de cinco anos com o Colônia. O nome completo do atleta é André Oliveira de Lima. Nasceu no dia 20 de abril de 1985 em Natal/RN. Atuou no São Gonçalo/RN, Ceará Sporting Club, Iraty/PR e Santos/SP. Consta que sua passagem pelo Ceará foi em 2004.

"É lamentável ver também no esporte o ser humano tratado como produto descartável".
Alfredo Viana Neto
Colaborador